Eles prometeram mudar. Tinham em mente se recuperar de recentes eliminações. E, ao voltar a ganhar, dar novo rumo à temporada 2013. Pois só o Grêmio conseguiu colocar o plano em prática: derrotou o Náutico por 2 a 0, na tarde deste domingo, em Caxias do Sul, no estádio Alfredo Jaconi, e começou o Brasileirão com o pé direito.
Graças a uma boa atuação coletiva, algo raro nas quedas no Gauchão (não chegou a nenhuma final de turno) e na Libertadores (oitavas de final). E quem tem a força do grupo faz as individualidades aparecerem. Foram os casos, especialmente de Souza e Zé Roberto, este o autor do primeiro gol - Elano fez o segundo. O suficiente para espantar a crise e dar tranquilidade a Vanderlei Luxemburgo na nova caminhada.
- Estamos felizes. A vitória foi importante. Começamos com o pé dirieto - disse Elano.
Pior para o time visitante, que continua em má fase desde o Pernambucano, no qual nem chegou à final. Não ganha uma partida oficial, por exemplo, desde o dia 8 de maio. Vai seguir convivendo com a desconfiança.
- Temos de melhorar para os próximos jogos. Erramos muitos passes - lamentou Rodrigo Souto.
O Tricolor vai descansar até enfrentar o Santos, dia 1º de junho, na Vila Belmiro – a partida contra o Atlético-MG, pela segunda rodada, foi transferida para o dia 9. O Timbu recebe o Vitória, quarta-feira, nos Aflitos.
O Tricolor vai descansar até enfrentar o Santos, dia 1º de junho, na Vila Belmiro – a partida contra o Atlético-MG, pela segunda rodada, foi transferida para o dia 9. O Timbu recebe o Vitória, quarta-feira, nos Aflitos.
Jogada coletiva, lindo gol
A promessa de mudança gremista começou pela escalação: Bressan e Alex Telles ganharam as vagas de Cris e André Santos, respectivamente. Mas foi a postura que mais chamou a atenção. Desde a comemoração por um desarme, a luta para retomar a bola – sem falta – até a criação de jogadas. Tudo era feito em equipe. Resultado: correu poucos riscos, atuou bem posicionado e, com triangulações e extrema velocidade, pressionou até marcar.
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O gol saiu aos 15 minutos. Da maneira ensaiada. Barcos, desta vez posicionado mais à frente, recebeu na entrada da área. De costas, percebeu Souza entrando na área em velocidade. O serviu. O volante teve a percepção de ver Zé Roberto, livre, e fez o que tinha de fazer: o assistiu, e o camisa 10 só completou para as redes.
Não fosse a má pontaria, o placar seria maior. Vargas e Bressan, ambos de cabeça, perderam chances após cruzamentos. No Náutico, a estreia do zagueiro João Felipe e o retorno do atacante Elton pouco contribuíram. Sem articulação ofensiva, vivia de chutes de fora da área. Especialmente de Martinez.
Administração na etapa final
A volta ao segundo tempo revelou um Náutico mais disposto, com a partida mais truncada, feia, de dar sono. Não fossem as bolas levantadas à área de Dida, sem nenhum perigo, diga-se de passagem, e quase nada teria acontecido de importante. A verdade é que o Grêmio recuou. Administrou. E passou a atacar apenas a partir dos 20 minutos. E o Timbu não teve força nem qualidade para aproveitar.
Vargas até marcou, mas estava impedido. Coube a Elano, de cabeça, aos 25, após nova jogada coletiva, com passe de Pará e cruzamento de Souza, encaminhar a vitória, de cabeça: 2 a 0. Ainda deu tempo para Werley (Felipe defendeu cabeçada) e Barcos (chute rente ao travessão) quase transformarem o resultado em goleada.
Menos mal ao Náutico que escapou de ver uma promessa virar pesadelo. E o Grêmio saiu aliviado com a retomada da vitória e de um futebol que, se melhorar, pode dar esperança de algo melhor.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte
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