Guarani bate Caxias, mas perde vaga no saldo e fica mais um ano na Série C Bugre faz a sua parte, com direito a hat-trick de Fumagalli, mas concorrentes diretos também vencem e eliminam o time na fase de grupos pelo terceiro ano seguido

Fumagalli, Guarani x Caxias (Foto: Rodrigo Villalba/ Memory Press)Fumagalli se despediu da Série C com mais três gols (Foto: Rodrigo Villalba/ Memory Press)
Fazia tempo que o Guarani não fazia cinco gols num jogo. Fazia tempo que o Guarani não vencia três jogos consecutivos, que colocava quase 10 mil torcedores no Brinco de Ouro. Fez tudo isso de uma vez só, mas foi em vão. Foi tarde demais. Apesar da vitória por 5 a 3 sobre o Caxias, na tarde deste domingo, em Campinas, o Bugre ficou - por um ponto ou cinco gols - sem a vaga às quartas de final da Série C do Brasileiro e disputará a terceira divisão nacional pelo quarto ano seguido em 2016. 

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O Guarani fez a sua parte, mas os demais concorrentes diretos também. Todos (Portuguesa, Brasil de Pelotas, Juventude e Guarani) venceram. Com exceção da Lusa, que avançou com 30 pontos, a última vagado Grupo B - Londrina e Tupi já estavam classificados - foi definida no saldo de gols.

Gol, neste caso, não foi apenas um detalhe. Foi o detalhe. O Brasil fez 2 a 0 no Tupi em Juiz de Fora e ficou em quarto, com 29 pontos e saldo de 10. O Juventude bateu o Guaratinguetá em casa por 3 a 0, chegou aos mesmos 29 pontos e ficou com saldo de 9. Por fim, o Bugre superou o Caxias no Brinco e terminou com seis de saldo. Ou seja, faltaram cinco gols para o time manter vivo o sonho do acesso.

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Fumagalli, com três gols - um de cabeça, um de pênalti e um de falta - liderou o Guarani em campo. O meia terminou a Série C com nove gols, na artilharia isolada da equipe. Watson e Gladstone também marcaram. Do lado do Caxias, Douglas Packer, de falta, Edson e Felipe descontaram.
Já rebaixado, o Caxias encerra a participação sem nenhuma vitória. Em 18 partidas, sofreu a décima derrota - foram ainda oito empates. Mas para quem achava que, por conta da sua situação e da rivalidade com Juventude, iria facilitar para o Guarani, o Caxias mostrou profissionalismo e atrapalhou a vida alviverde. 
Torcida Guarani (Foto: Rodrigo Villalba/ Memory Press) 
O jogo

Em campo, o Guarani demorou para entrar no ritmo da torcida. Precisou levar dois sustos do Caxias com Edson para partir para acordar. Enquanto isso, Brasil de Pelotas e Juventude já venciam por 2 a 0 Tupi e Guaratinguetá, respectivamente. O Bugre começou a tirar o prejuízo quando colocou a bola no chão. Até então, só chegava em lances de bola parada. Em cruzamentos de Denis Neves, Fumagalli e Watson recolocaram o Guarani na briga. 
O Guarani foi para o tudo ou nada no segundo tempo. Gladstone, de cabeça, fez o terceiro e manteve as esperanças. Mas uma cobrança de Douglas Packer esfriou a empolgação alviverde. Para piorar, a Portuguesa abria o placar no Canindé, forçando o Bugre a fazer ainda mais gols. O único jeito era se lançar ao ataque. Foi o que o Guarani fez, mas pagou caro ao sofrer o gol de Edson no contra-ataque. Fumagalli, mais duas vezes - primeiro de pênalti e depois de falta, deixou a despedida alviverde um pouco mais digna. O Guarani já não tinha mais chances quando Felipe fez o terceiro do Caxias. Foi o último golpe de mais uma temporada decepcionante do Bugre.  


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