Osorio admite propostas de seleções e ressalta sonho de ir à Copa do Mundo Técnico destaca foco no São Paulo, rejeita trabalhar em rivais, e pretende seguir na função até os 60 anos, o que o deixa apenas com Mundial da Rússia no caminho

 
Após chegar ao São Paulo em maio deste ano, Juan Carlos Osorio logo teve seu nome ligado a uma possível ida para a seleção do México, mas seguiu no clube. Em meio a momentos de oscilação na Barra Funda, sempre teve sua permanência garantida pela diretoria e segue à frente da equipe. Mas isso pode não durar muito mesmo. No “Bem, Amigos!” desta segunda-feira, Osorio revelou o sonho de ir a uma Copa do Mundo e que deve trabalhar como técnico até os 60 anos, o que lhe deixa com mais seis anos de trabalho pela frente, e apenas com a Copa de 2018, na Rússia, no caminho (assista ao vídeo).
- Tenho 54 anos e meu propósito familiar é dirigir até os 60, e quero ir ao Mundial. Tenho ofertas de seleções, infelizmente não de meu país. Também sei que nunca vou dirigir o Brasil. Sou um homem centrado e tenho duas ou três seleções que penso que podem ser uma boa mistura, de minha proposta de futebol e a proposta futebolística deles, e no momento em que isso ocorra, seguramente vou considerar. Mas, agora, meu trabalho está aqui e aqui estou com o São Paulo, e me dou todo para o São Paulo - afirmou.
Juan Carlos Osorio São Paulo Bem, Amigos (Foto: David Abramvezt)Juan Carlos Osorio participou do "Bem, Amigos!" nesta segunda-feira (Foto: David Abramvezt)
Osorio ainda afirmou que não há a possibilidade de trocar o São Paulo por qualquer clube rival e fechou a porta para propostas dos outros três grandes clubes do estado. Ele citou ter recusado oferta do Independente Medellín, rival do Nacional, clube do treinador antes de vir para o Brasil.
- Na Colômbia recebi propostas de rivais de uma mesma cidade e falei não, impossível. Nacional é rival de Medellín. Medellín falou comigo, mas disse que era impossível. Não me vejo trabalhando para Corinthians, Santos ou Palmeiras, que são rivais do São Paulo. A nível de clube não busco ninguém, estou no melhor clube que devo estar.
O colombiano, que no programa citou ter recusado propostas também de muitos clubes mexicanos para fechar com o São Paulo, lembrou sua passagem pelo futebol dos Estados Unidos, em que disse que é preciso ter o controle e a credibilidade do grupo que comanda, coisa que chegou a faltar quando treinou o New York.
- Primeiramente, creio que para estar num clube tenho que ter o controle do grupo, credibilidade do grupo, e que o time jogue sempre para ganhar. Quando algo disso não está, creio que devo tomar outra decisão. Tomei uma decisão quando trabalhava para o Red Bull. No meu primeiro ano fomos à final da MLS e perdemos contra o Columbus Crew. A MLS, como liga, sempre busca a igualdade dos times e pegou dois dos meus melhores jogadores. O time, desfalcado, não encontrou a maneira de jogar para frente - disse. Após isso, Osorio pediu demissão do clube.
No fim do programa, o técnico voltou a ressaltar que hoje o foco é todo no São Paulo e na oportunidade de estar no futebol brasileiro.
- Hoje falei com meu auxiliar e nós pensamos que trabalhar no futebol brasileiro é importantíssimo para nossa carreira, estamos aprendendo muito, e sentimos muito orgulho de estar aqui no Brasil. Pensamos que ganhar a Copa do Brasil ou o Brasileiro seria fantástico para nossas vidas e carreiras (...). Profissionalmente, sou apaixonado pelo meu trabalho, mas não tenho medo de perder emprego, futebol é para buscar resultado, para atacar, para mostrar talento, para agradar a torcida, mas obviamente que como profissional tenho meus próprios objetivos - concluiu. 

 Varjota  Esportes - Ce.             /          Globoesporte.

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