8ª RODADA SÃO CAETANO E PARANÁ EMPATAM E SE AFASTAM DO G-4 Após um belo gol de Wellington, Leandrão deixa tudo igual no Anacleto Campanella


Wellington marca belo gol para o Paraná
(Foto: Alessandro Valle / Agência Estado)
Invicto há cinco rodadas, o técnico Sergio Guedes queria ampliar o histórico de três vitórias à frente do São Caetano. Do outro lado, o Paraná também estava embalado com três triunfos seguidos. Neste sábado, a similaridade nas campanhas foi traduzida no placar e deixou a meta de entrar no G-4 um pouco mais distante. Empate de 1 a 1 no estádio Anacleto Campanella.
O resultado levou o São Caetano à quinta posição, mas a nove pontos do líder Criciúma. Já o Paraná terminou a oitava rodada em sexto lugar, com a mesma pontuação e menor saldo de gols. O Vitória, que está no limite da zona de classificação, tem quatro pontos a mais que os dois times.
Wellington abre o placar aos seis minutos
Bastaram seis minutos de jogo para o placar ser alterado. Após cobrança de escanteio pela esquerda, a zaga do São Caetano cabeceou para fora da área, mas a bola encontrou o pé calibrado de Wellington, que mandou uma bomba de primeira no canto esquerdo do goleiro Fabio.
O Paraná controlou o jogo depois do gol com uma marcação forte. O Azulão não se encontrou taticamente e perdeu diversas chances de contra-ataque devido a falhas de posicionamento.
Leandrão, opção de Sergio Guedes para o ataque, com Somália no banco de reservas, não teve boa atuação. Ansioso em campo, levou até mesmo um cartão amarelo por reclamação, depois do segundo impedimento marcado em sequência.
No gol, ao menos, o São Caetano se garantia. Fabio impediu que o placar se dilatasse. Depois de um forte chute de Wendel na entrada da área, o arqueiro espalmou e fez boa defesa.
A três minutos do fim do primeiro tempo, o Azulão empatou o jogo. Na falha da zaga do Paraná, Diego roubou a bola na ponta esquerda, avançou até a linha de fundo e cruzou rasteiro. Leandrão se atrapalhou para dominar de frente para o gol, mas conseguiu balançar as redes.
Azulão domina o segundo tempo
O São Caetano melhorou no segundo tempo. Acertou o posicionamento e conseguiu achar mais espaços na marcação do Paraná. Sergio Guedes substituiu Leandrão por Somália e Éder por Pedro Carmona. As trocas surtiram efeito, e o Azulão dominou o jogo.
O Paraná sentiu a mudança e recuou. O técnico Ricardinho decidiu que era a hora de mexer no time. Marquinhos entrou no lugar de Wendel, Douglas Packer ficou com a vaga de Paulo Henrique e Wellington Silva substituiu Arthur.
O São Caetano, porém, continuou com problemas nas finalizações e não conseguiu alterar o placar. Depois de uma bola dividida, Danielzinho ficou de frente para o gol e chutou no travessão aos 34. Após o lance, Sergio Guedes trocou Anselmo por Nei Paraíba.
Pela nona rodada, o São Caetano enfrentará o Guaratinguetá na terça-feira, às 21h, no estádio Dario Rodrigues Leite. Já o Paraná terá uma semana para se preparar para a próxima partida. O time jogará contra o Boa Esporte apenas no sábado, às 21h, no estádio Durival de Britto. 
  
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8ª RODADA DE CAMISA ALVINEGRA, VITÓRIA BATE O AVAÍ E SE MANTÉM NO G-4 DA SÉRIE B Com uniforme novo por conta de uma campanha de doação de sangue, equipe baiana vence com gols de Pedro Ken e Mineiro


O Vitória entrou em campo sem o vermelho na camisa, mas não deixou faltar sangue para correr atrás do triunfo e fazer valer seu mando de campo. Vestindo branco e preto, devido a uma campanha de doação de sangue, lançada neste sábado, a equipe baiana bateu o Avaí por 2 a 0, no Barradão, e se manteve no G-4 da Série B. Os gols foram marcados no segundo tempo, por Pedro Ken e Mineiro. O resultado fez valer a invencibilidade rubro-negra no Barradão em 2012. Dos 21 jogos como mandante, o Vitória saiu com os três pontos conquistados em 14. Foram sete empates.
Com o resultado, a equipe baiana se mantém na quarta colocação com 16 pontos, enquanto os catarinenses, com 11 pontos, ocupam a nona posição. O Vitória volta a campo no próximo sábado, quando enfrente o ABC, no Frasqueirão, em Natal. Enquanto o Avaí recebe o ASA, no estádio da Ressacada, em Florianópolis.
Primeiro tempo de poucas chances e placar em branco
O primeiro tempo foi marcado por poucas chances de gols. O Vitória tentou pressionar desde os primeiros minutos, mas a falta de inspiração dos homens de criação - Tartá e Pedro Ken - prejudicou a munição da dupla de ataque, Neto Baiano e Marquinhos. Artilheiro do Brasil, Neto começou mostrando disposição. Aos 6 minutos, ele deixou o companheiro de ataque na cara do gol. Marquinhos entrou livre, mas Diego fez uma grande defesa.

Depois do susto inicial, o Avaí se segurou bem na partida e passou a mostrar suas garras. Aos 21, a melhor chance do time catarinense: Cássio recebeu lançamento e tocou por cima de Douglas. Victor Ramos salvou o Vitória, mas a bola voltou para o zagueiro do Avaí, que mandou a bola na trave.
De camisa alvinegra, o Vitória bateu o Avaí por 2 a 0 e segue no G-4 (Foto: Erik Salles / Agência Estado)
Depois disso, poucas chances de gol para os dois lados. O Vitória continuava sem criatividade no meio campo e o Avaí sem inspiração nos contragolpes. Os erros de passe dos baianos passaram a incomodar a torcida. O zagueiro Rodrigo foi o principal alvo da fúria do torcedor. Bastante vaiado, o zagueiro acabou substituído no intervalo.

Antes do término do primeiro tempo, o Vitória ainda teve mais uma chegada de perigo, após uma tabela área dentro da área do Avaí. Victor Ramos ajeitou cruzamento para Rodrigo, que, desequilibrado, desviou. A bola sobrou para Neto Baiano, mas o artilheiro do Brasil mandou por cima.

Ex-Avaí, Pedro Ken marca e Mineiro decide o jogo
O segundo tempo pareceu que seria uma cópia da etapa inicial. Poucas chances de perigo. Paulo César Carpegiani mudou o time e colocou Marco Aurélio e Gabriel nas vagas de Tartá e Rodrigo. Nos primeiros minutos, as substituições não surtiram efeito. A partida continuou sem criatividade, com o Vitória com mais posse de bola, mas sem poder ofensivo, enquanto o Avaí seguia sem força nos contragolpes.

A arma baiana era a bola parada. Após conclusão de Gabriel, Diego fez uma grande defesa e salvou o Avaí. Aos 14, uma grande chance: Marquinhos recebeu um lançamento espetacular de Uelliton e desperdiçou uma grande chance. A partir da segunda metade da etapa final, o atacante Marco Aurélio começou a dar trabalho à defesa do Avaí. Na primeira oportunidade, um chute com muito veneno defendido por Diego. O Avaí até assustou com Laércio, mas Marco Aurélio estava inspirado. Aos 29, ele passou pela marcação e serviu Neto Baiano. O atacante tocou com carinho para Pedro Ken. Com muita liberdade, o meia ajeitou com carinho e bateu com categoria: Vitória 1 a 0.
Após o gol, o Avaí cresceu no jogo e assustou o Vitória. A equipe catarinense chegou a balançar as redes rubro-negras, mas a arbitragem anulou o gol avaiano. O Vitória segurou o resultado e os 44, sacramentou o triunfo. Mineiro, que havia acabado de entrar, fez grande jogada individual, passou por três marcadores e marcou um belo gol, sacramentando o triunfo baiano. No final, os 9.185 torcedores que chegaram a vaiar o time em alguns momentos do primeiro tempo, fizeram a festa. 

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Zé Carlos brilha mais uma vez, e Criciúma volta à liderança da Série B Tigre vence o CRB por 2 a 0 e mantém os 100% de aproveitamento jogando no Heriberto Hülse. Time alagoano fica na beira do Z-4


Zé Carlos marcou o primeiro na vitória sobre
o CRB (Foto: Fernando Ribeiro / Agência Estado)
O artilheiro da Série B não perdoa. Depois de duas oportunidades sem concluir com perfeição, Zé Carlos marcou seu 11º gol na Série B do Campeonato Brasileiro e garantiu o retorno à liderança. Com o gol de André Gava, aos 47 do segundo tempo, o Criciúma sacramenta a vitória sobre o CRB e mantém os 100% de aproveitamento jogando no Heriberto Hülse. O Tigre alcança 21 pontos em 24 possíveis na competição, enquanto a equipe alagoana, com a derrota, segue próximo à zona de degola, em 16º lugar, com apenas 8 pontos em 8 jogos.
Em uma partida extremamente disputada, o CRB poderia ter saído com um resultado melhor, caso o atacante Preto não tivesse desperdiçado duas oportunidades na cara do gol. Ricardinho e Geovani também tiveram chances reais de marcar quando o jogo ainda estava empatado. O time da casa, porém, foi mais eficiente nas conclusões e brilhou a presença de Zé Gol - como é conhecido o artilheiro da Série B pelos torcedores - aos 30 minutos da etapa complementar, depois de assistência precisa de Lucca. André Gava, já nos últimos segundos da partida, aproveitou o lateral cobrado por Marlos e soltou um foguete de primeira.
Em respeito ao ex-clube, Zé Carlos não comemorou o gol marcado, apesar da reação calorosa dos companheiros e torcedores.

- Tenho muito respeito à torcida e CRB, torço de coração mesmo. Tenho desejo muito grande de voltar a vestir essa camisa, mas tenho que ser profissional.
O CRB tem, na próxima rodada, mais uma pedreira pela frente: recebe o vice-líder América-RN no Rei Pelé, no sábado, as 16h20. O Criciúma, por sua vez, vai ao Presidente Vargas encarar o Ceará na sexta-feira, às 21h.
O primeiro chegou a perder um gol incrível
O equilíbrio foi marcado desde o início da partida. Aos seis minutos de bola rolando, ambas equipes já haviam tido duas chances claras de abrir o marcador. Pelo lado do Criciúma, Lucca teve um chute resvalado na defesa alagoana e a bola quase entrou no canto esquerdo do goleiro Anderson, ainda no primeiro minuto de partida. Logo em seguida, e sempre pelo meio da defesa adversária, ele tentou carregar a bola sozinho em direção ao gol e foi bloqueado pelo zagueiro do CRB, caindo na área e pedindo pênalti.
O visitante esteve mais perto do gol. Geovani se aproveitou de uma rebatida da defesa e bateu truncado, mas a bola desviou na defesa e cravou a trave direita do goleiro Douglas Leite. No lance seguinte, Ricardinho arriscou um chute forte e a bola passou raspando o travessão.
A diferença entre as equipes estava na forma como canalizavam suas jogadas. O CRB explorava bem o lado esquerdo de seu ataque, com os canhotos Ricardinho, Geovani e Jadílson. A partir deste flanco, as variações ocorriam naturalmente, com lances de profundidade até a linha de fundo e outros buscando a finalização próximo ao bico da área. O Tigre insistia pelo meio, com Válber, Cléber e Lucca tentando encontrar Zé Carlos na entrada da área.
Tigre vai para cima e CRB perde chance no contra-ataque
Como o empate não ajudava nenhuma das duas equipes, o jogo se abriu ainda mais na segunda etapa. Paulo Comelli, comandante do Criciúma, abriu mão de um volante e lançou três atacantes com a entrada de Gilmar. Válber e Lucca orquestravam o anfitrião e continuavam a criar oportunidades. O primeiro chegou a perder um gol incrível após uma sobra de bola na área em jogada feita por Gilmar.

A pressão foi grande por parte do time da casa, enquanto o CRB aproveitava os contra-ataques para preocupar os 9.101 torcedores que foram ao Heriberto Hülse. Preto perdeu duas chances cara a cara com o goleiro Douglas Leite.
Vitória e liderança
Se Preto não marca, Zé Carlos não perdoa. Aos 30 minutos do segundo tempo, após toque milimétrico de Lucca, pelo meio, o artilheiro recebeu a bola dentro da área e a colocou nos fundos das redes do CRB. Aos 47, André Gava aniquilou o adversário e garantiu o retorno do Criciúma a primeira colocação da competição e os 100% de aproveitamento dentro de casa.    
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Atlético-PR e Bragantino ficam no zero e seguem ameaçados pelo Z-4 Times empatam no Gigante do Itiberê e, com oito pontos, continuam próximos dos grupo dos quatro últimos colocados da Segundona


A reação está adiada. Ameaçados pela zona de rebaixamento, Atlético-PR e Bragantino empataram em 0 a 0 na tarde deste sábado, no Estádio Gigante do Itiberê, e continuam na parte de baixo da tabela da Série B do Campeonato Brasileiro. Ambos têm oito pontos, um a mais que o Guarani, primeiro time do Z-4. O Rubro-Negro é o 14° colocado, e o clube pauilsta, o 15°.
O Furacão do estreante Jorginho foi superior em parte do segundo tempo e teve no meia-atacante Pablo a sua principal arma ofensiva. Sem criatividade no meio-campo e sem capricho nas finalizações, porém, o time sofria para armar e desperdiçava as poucas oportunidades de gol. Já o Bragantino, com forte marcação, apostava nos contra-ataques, também sem sucesso.
Os times voltam a campo no próximo sábado, dia 7, às 16h20m (de Brasília). O Atlético-PR visita o América-MG no Estádio Independência. O Bragantino recebe o Goiás no Estádio Nabi Abi Chedid.
Muito equilíbrio, pouco futebol
Ameaçados pela zona de rebaixamento, Atlético-PR e Bragantino entraram em campo com um único objetivo: vencer um adversário direto e se afastar do grupo dos quatro últimos. Com seis desfalques ao todo, porém, as equipes encontraram dificuldades em campo.
Furacão de Manoel e Braga de Giancarlo só empatam: 0 a 0 (Foto: Heuler Andrey/Agência Estado)
Sem o lateral-esquerdo Heracles, o volante Deivid e os meias Martín Ligüera e Zezinho, todos machucados, o Atlético-PR apostou em uma esquema que variava do 4-4-2 para o 4-3-3, de acordo com o posicionamento do meia-atacante Pablo. Antes dos 30 minutos, o time de Jorginho ameaçou com Bruno Mineiro, que recebeu cruzamento do também atacante Ricardinho e cabeceou em cima do goleiro Alê. Paulo Baier ainda pegou rebote na área, mas errou o alvo.
Já o Bragantino, sem o lateral-esquerdo Léo Jaime e o volante Serginho, suspensos, entrou em campo no 3-5-2, com o meia Fernando Gabriel como principal responsável pela criação das jogadas. O camisa 10 quase abriu o placar aos seis, ao cobrar escanteio fechado, mas o goleiro Weverton defendeu. O volante Acleisson, estreante, também ameaçou, com um chute de longe, direto para fora.
Nos últimos 15 minutos do primeiro tempo, o ritmo do jogo caiu. Talvez pelo calor de 28°C ou pelas condições do gramado do Estádio Gigante do Itiberê. Os dois times abusavam dos passes errados e tinham dificuldades para dar sequência aos lances de ataque. Antes do apito final, na melhor chance da etapa, o jovem Pablo driblou o zagueiro Walter com um giro e, da entrada da área, chutou no travessão do time paulista.
- Estamos pecando um pouco no passe, mas é complicado, porque temos que jogar com a torcida do nosso lado. Vamos tentar fazer o gol logo para que eles possam apoiar mais. Mas estão reclamando com toda a razão - afirmou Ricardinho, sobre as reclamações dos torcedores, na saída para o vestiário.
Domínio rubro-negro, mas placar em branco
Diferente do equilíbrio do primeiro tempo, a etapa final foi marcada pelo domínio rubro-negro. O técnico Jorginho trocou um atacante por outro, Bruno Mineiro por Tiago Adan, e o Atlético-PR passou a pressionar o adversário. No primeiro lance, o camisa 18 cabeceou direto para fora após cruzamento do lateral-direito Gabriel Marques. Na sequência, o meia Paulo Baier cruzou, Tiago Adan desviou, e o volante Cleberson cabeceou para defesa do goleiro Alê.
Preocupado, o técnico Marcelo Veiga promoveu duas alterações: tirou Andrezinho e Diego Barboza e colocou o lateral Moreno e o meia Moisés. O comandante rubro-negro respondeu com o jovem Harrison na vaga do camisa 10, Paulo Baier. Aos 23, o Furacão desperdiçou chance clara. O atacante Ricardinho cruzou na cabeça de Tiago Adan que, sozinho na pequena área, tocou para fora. O clube paulista também ficou no quase. O atacante Giancarlo passou pelo zagueiro Manoel e pelo volante Cleberson e avançou sozinho, mas demorou para finalizar.

Aos 29, os dois técnicos promoveram as últimas alterações. No Furacão, Pablo por Marcelo. No Bragantino, Giancarlo por Diogo Júnior. Nos últimos minutos, o time mandante ameaçou com Harrison, que bateu, com desvio, para fora. Os visitantes responderam com o meia Fernando Gabriel, que chutou no alto, mas o goleiro Weverton saltou e espalmou. E foi só.
Empate com gosto de derrotas tanto para o Atlético-PR quanto para o Bragantino. Agora, eles têm uma semana para se preparar para os próximos desafios - contra América-MG e Goiás, respectivamente.      

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7ª RODADA SÃO PAULO PERDE PÊNALTI, MAS VENCE POR 3 A 2 E DESBANCA O LÍDER CRUZEIRO Luis Fabiano desperdiça uma cobrança, defendida por Fábio, e Tricolor não sucumbe à pressão da torcida no primeiro jogo após saída de Leão


Cruzeiro e São Paulo fizeram um grande jogo neste sábado, no Independência, em Belo Horizonte, e quem levou a melhor foi o Tricolor, em sua primeira partida após a saída do técnico Leão. Com cinco gols, o duelo foi marcado por dois nomes: Lucas e Rafael Donato. O primeiro foi o sinônimo da superação paulista, que tenta espantar um princípio de crise e entrar de vez no Brasileirão. O zagueiro celeste, que estreava, foi da vaia ao aplauso eufórico, falhou no primeiro gol, marcou dois e terminou como centroavante. Foi da vaia ao aplauso eufórico. Mas Luis Fabiano, Lucas e Jadson marcaram para a equipe paulista e estragaram a tarde do defensor, que viu o São Paulo vencer por 3 a 2.

A derrota acabou com a invencibilidade do Cruzeiro, que perdeu também a liderança por conta da vitória do Fluminense sobre o Náutico (2 a 0). O time mineiro pode cair mais um pouco na tabela, dependendo dos resultados de Vasco e Atlético-MG. Já o São Paulo, que venceu a primeira fora de casa, chegou aos 12 pontos e encostou nos times que estão na ponta.
Jogadores comemoram o gol de Lucas, o segundo do São Paulo (Foto: Douglas Magno / Vipcomm)
Na próxima rodada, o Cruzeiro vai até Bento Gonçalves enfrentar o Internacional, sábado, às 18h30 (de Brasília). Já o São Paulo receberá o Coritiba no Morumbi, domingo, às 16h.
Raposa apenas ensaia pressão
O Cruzeiro começou partindo para cima. A aposta celeste foi a velocidade de Fabinho pelo lado esquerdo. Mas, aos cinco minutos, quem chegou com perigo foi o São Paulo. Em contra-ataque rápido, Jadson finalizou com rente à trave. A pressão mineira não chegou a durar dez minutos. Logo o Tricolor começou a trocar passes no campo de ataque e a manter posse de bola. Aos 11, Douglas fez boa jogada individual pela direita e cruzou rasteiro. O zagueiro Rafael Donato, estreante da tarde pelo lado celeste, falhou feio, deixando a bola açucarada para Luis Fabiano bater no canto e abrir o placar.
O zagueirão de 1,93m nem teve tempo para se lamentar. Um minuto depois, se redimiu. Montillo bateu escanteio pela esquerda, e Donato, sozinho, subiu para empatar. O jogo ficou emocionante, e os visitantes precisaram de pouco tempo para voltar à frente no placar. Em jogada pelo meio, a zaga mineira deu bobeira novamente, e Lucas recebeu na entrada da área. O meia driblou Éverton e chutou no canto: três gols em pouco mais de 15 minutos.
O ritmo da partida diminuiu nos minutos seguintes. O São Paulo se encolheu, e o Cruzeiro passou a mostrar dificuldades na criação. Se o lado esquerdo era exigido, com Fabinho e Éverton, pela direita, além de improvisado, o zagueiro Léo estava solitário.

O Cruzeiro voltou a levar perigo aos 27. Éverton cruzou da esquerda, Fabinho desviou, e a bola passou com perigo. Três minutos depois, Rafael Donato quase marcou novamente após escanteio. Aos 31, o Cruzeiro perdeu aquele que era talvez seu melhor jogador em campo. Fabinho saiu machucado, dando lugar a Souza, que foi para a ala direita. Com a mudança, a Raposa passou a jogar no 3-5-2. O Tricolor também teve que mudar ainda no primeiro tempo. Rodolfo saiu machucado para a entrada de Paulo Miranda.
Mais emoção reservada para a etapa final
Mal o segundo tempo começou, o São Paulo marcou o terceiro gol. Após troca de passes, Cortez recebeu na cara de Fábio e finalizou. O goleiro celeste fez grande defesa. Na sobra, Jadson bateu no canto e marcou. Após o terceiro gol, parte da torcida celeste vaiou quando Rafael Donato pegou na bola. Mas as vaias nem tiveram tempo de ganhar corpo. Poucos minutos depois, após escanteio, o zagueiro fez de cabeça o segundo dele e da Raposa no jogo.

O Cruzeiro foi para o abafa. Wallyson entrou no lugar do volante Charles e deu mais opções de ataque. Aos 17, o Cruzeiro teve escanteio pela direita. Rafael Donato estava na área, e toda a torcida empolgou. A zaga paulista rebateu a cobrança, Lucas arrancou em contra-ataque pela direita, invadiu a área e sofreu pênalti. Luis Fabiano bateu no canto esquerdo, e Fábio defendeu.

O Cruzeiro cresceu novamente. Tinga teve duas grandes chances de marcar. Na primeira, a bola sobrou para ele dentro da área, na marca do pênalti, mas o chute saiu mascado e bateu na zaga. Depois, o volante fez grande jogada pela direita, entrou na área e preferiu o chute quando tinha Wellington Paulista mais bem colocado.

Os minutos finais foram lá e cá. O Cruzeiro pressionava, mas tinha dificuldades de finalizar. No contra-ataque, a velocidade de Lucas desorientava a defesa celeste. Wallyson levou perigo de um lado, Luis Fabiano respondeu. O Tricolor conseguiu segurar a Raposa até o fim, levou os três pontos para casa e aspira, agora, vida nova no Brasileirão. 

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7ª RODADA EM DIA DE SAMUEL E DIEGO CAVALIERI, FLU DERROTA O NÁUTICO NOS AFLITOS Atacante tricolor faz os dois gols da vitória de 2 a 0, e o goleiro segura o ataque do Timbu, que perdeu a primeira em casa, com grandes defesas


No duelo entre o anfitrião pouco cortês e o visitante inconveniente, melhor para o agora único time que ainda não perdeu no Campeonato Brasileiro. Com dois gols de Samuel e grande atuação do goleiro Diego Cavalieri, o Fluminense derrotou o Náutico, por 2 a 0, neste sábado, no estádio dos Aflitos, no Recife. O resultado manteve a invencibilidade tricolor na competição e valeu a liderança provisória, com 15 pontos (o Vasco tem 13 e pode passar o Tricolor se vencer a Ponte Preta, neste sábado). Já o time pernambucano, que perdeu a primeira em casa, estacionou nos sete pontos, na 13ª colocação.
Na oitava rodada, o Fluminense jogará contra o Flamengo, na comemoração do centenário do clássico, domingo, dia 8, no Engenhão. O Náutico enfrentará o Atlético-GO, no Serra Dourada, no dia anterior.
Na saída de campo, o goleador solitário da tarde nos Aflitos enfatizou a atuação de gala do goleiro tricolor.
- Apesar de ter marcado dois gols, o mérito da vitória não é só meu. O Cavalieri, por exemplo, fez várias defesas que contribuíram para o resultado - disse Samuel.
Lateral do Náutico, Alessandro disse que, apesar da derrota, a atuação foi boa.
- Campeonato Brasileiro é isso aí, jogar com equipes grandes, com jogadores de qualidade e não pode dar brecha, nem desperdiçar tantas oportunidades. Não foi o resultado que esperávamos, mas a equipe jogou bem. Agora, é levantar a cabeça, porque não podemos ficar sem vencer por muito tempo. É um campeonato difícil e temos que subir na tabela.
Os dois times começaram o jogo em ritmos diferentes. O Náutico tentando atacar com velocidade, e o Fluminense, cadenciado, procurando tocar a bola para segurar a empolgação do adversário. Porém, o gramado, muito fofo, prejudicava muito a qualidade técnica da partida. Uma boa solução para superar essa dificuldade era arriscar chutes de fora da área, o que o time da casa fez muito mais vezes.
No entanto, foi num arremate de dentro da área que o Timbu criou a primeira boa chance de gol na partida, aos 12, quando Rhayner fez bom lançamento para Souza, que dominou a bola e chutou rasteiro. Diego Cavalieri fez segura defesa. Quatro minutos depois, Gum cortou mal um lançamento para a área e Souza pegou de primeira, de fora da área, e a bola passou perto da trave direita do goleiro tricolor, pela linha de fundo.
Samuel comemora o gol que fez, de cabeça, nos Aflitos (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
O Náutico continuava melhor e chegou perto do primeiro gol, aos 19: Lúcio cruzou da esquerda, Anderson falhou feio e a bola sobrou para Kim, livre diante de Cavalieri, mas o atacante chutou pessimamente, por cima. Até então só o time alvirrubro havia concluído a gol: oito vezes. Com Deco bem marcado e lutando para se adaptar ao gramado, e Wagner muito recuado, o Tricolor nada criava ofensivamente. Pressionado, a equipe carioca procurou reter a posse da bola, mas sem incomodar o adversário.
E na sua primeira finalização a gol, o Fluminense abriu o marcador, aos 30: Deco cobrou falta da intermediária, Samuel entrou sem marcação no meio da área e completou de cabeça. O Náutico não desanimou e continuou criando chances. Aos 37, Souza recebeu belo lançamento de Alessandro, penetrou na área e tentou deslocar Cavalieri, que se esticou todo e fez grande defesa, evitando o empate.
Aos 44, Souza desperdiçou outra ótima oportunidade para o Náutico, chutando na pequena área em cima de Cavalieri, que salvou o Fluminense novamente. Então, mesmo jogando mal, com apenas três conclusões a gol contra 14 do adversário, o Tricolor saiu do primeiro tempo com 1 a 0 a seu favor.
Após pressão do Náutico, Abel reforça o meio e Samuel faz o segundo
O Flu voltou para o segundo tempo com Wallace no lugar de Bruno. Mas o panorama da partida não mudou. Tanto que, aos 3, o Náutico perdeu uma chance clara: Kim ganhou de Gum dentro da área, mas diante de Cavalieri chutou em cima do goleiro tricolor. Mais três minutos e o centroavante do Timbu cabeceou, livre no meio da zaga adversária, para fora. O time da casa não saía do campo ofensivo, e o visitante não conseguia encontrar uma solução para incomodar o goleiro Felipe.
Aos 11, Martinez cobrou bem uma falta, e Diego Cavalieri voou para espalmar para escanteio a bola que entraria no seu ângulo esquerdo. Percebendo o drama que seu time sofria para segurar o adversário, Abel pôs o colombiano Valencia no lugar de Wagner, aos 18, e deixou seu time com três volantes no meio de campo tricolor. Pouco depois, Alexandre Gallo também mexeu no seu meio, substituindo Souza por Cléverson.
Com a vantagem e o time mais arrumado, o Fluminense evitou que o Náutico mantivesse a pressão e ainda criou mais oportunidades do que antes de marcar o segundo gol. O Tricolor passou a dominar as ações, mas Cavalieri ainda teve de trabalhar, como num chute de Rhayner, que o goleiro tricolor teve de se jogar no seu canto esquerdo para dar um tapa na bola para escanteio, aos 44. No fim, o goleiro e Samuel acabaram sendo os grandes responsáveis pela vitória tricolor.   

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Sonho vira realidade: Seedorf aceita proposta e vai jogar pelo Botafogo Meia holandês assina contrato com o Glorioso por dois anos


Clarence Seedorf: reforço de peso para o Botafogo
nos próximos dois anos (Foto: Getty Images)
O sonho alvinegro, que já durava quase um ano, virou realidade. Depois de uma longa negociação, Seedorf , enfim, disse "sim" à proposta do Botafogo. O ex-jogador do Milan, que passou os últimos dias com a família em Los Angeles, onde iniciou uma fase de treinamentos no Galaxy, assinou contrato com o Glorioso por dois anos. A data da apresentação ainda não foi divulgada. Poucos minutos após a publicação da notícia, o site oficial do Botafogo saiu do ar, devido ao grande número de acessos.
O jogador e a empresa DM Milan Group, que gerencia sua carreira, ficaram satisfeitos com a maneira discreta e profissional com que a diretoria alvinegra conduziu a negociação. Para jogar em General Severiano, o meia recusou ofertas de Inglaterra, China, Qatar, Abu Dhabi (Emirados Árabes) e dos Estados Unidos (duas propostas).
Seedorf tem 36 anos e disputou a Copa do Mundo de 1998. Ele é casado com a brasileira Luviana e fala português fluentemente, o que deve facilitar a adaptação. Nascido no dia 1º de abril de 1976, em Paramaribo, no Suriname, e naturalizado holandês, Seedorf foi revelado pelo Ajax, da Holanda, onde começou a jogar profissionalmente já aos 16 anos. Com 18, fez sua estreia pela seleção laranja. Depois, defendeu Sampdoria, Real Madrid, Inter de Milão e Milan. O "Professor", como é conhecido na Itália, é recordista de títulos da Liga dos Campeões por times diferentes: quatro - Ajax (95), Real Madrid (98) e Milan (2003 e 2007).
seedorf ao lado da esposa luviana (Foto: Agência Getty Images)Seedorf ao lado de Luviana, sua esposa brasileira
(Foto: Agência Getty Images)
Além de empresário (tem dois restaurantes chamados "Finger's", em Milão, e outros empreendimentos), Seedorf tem engajamento em causas humanitárias. Em 2005, por exemplo, ele criou uma fundação – Seedorf Foundation - para ajudar crianças carentes através do esporte. O jogador também criou uma empresa chamada "ON Management", que tem o objetivo de "mudar a maneira como o negócio do futebol é jogado", como ele próprio definiu. Ela representa e guia a carreira de jogadores profissionais. Além da "ON Management", Seedorf tem o projeto "ON Champions", que visa a revelar talentos do futebol e pessoas preparadas fora do campo, assim como ele.
Curiosidades sobre 'O Professor':
* O avô do jogador, Frederick, era filho de um escravo liberto pelo seu dono alemão, de quem pegou o nome Seedorf.
* Seedorf nunca recebeu um cartão vermelho em sua carreira. Foram 801 jogos até hoje. O meia holandês levou apenas 15 amarelos, sendo seis na última temporada pelo Milan.
* Os três irmãos do holandês, Chedric, Rhamlee e Jurgen, além de seu sobrinho, Regilio, são jogadores de futebol.
* O jogador fala seis línguas: neerlandesa (Suriname), holandês, inglês, italiano, português e espanhol.
* Seedorf estreou na seleção da Holanda quando tinha 18 anos, na vitória por 5 a 0 sobre Luxemburgo, em Rotterdam, dia 14 de dezembro de 1994.
* Fonte - site da Fifa.  

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Liderança, jejum e reação em campo: Cruzeiro e São Paulo se enfrentam No topo da tabela, mineiros não vencem os paulistas no Brasileirão há sete anos. Em crise, Tricolor precisa da vitória sob comando de técnico interino


O líder invicto do Brasileirão receberá a visita de um incômodo adversário, que ainda sente os reflexos da eliminação da Copa do Brasil e está sem técnico. Esse é o cenário para a partida entre Cruzeiro e São Paulo, neste sábado, às 16h20m (de Brasília), no Independência, em Belo Horizonte. O time celeste quer confirmar o bom momento da competição, emendar a quinta vitória seguida e seguir na ponta da tabela. Já o Tricolor busca a reação, mostrar que superou os problemas recentes, e, de quebra, manter a invencibilidade de sete anos diante dos mineiros na competição nacional. 

Luis Fabiano e Wellington Paulista: promessa de gols (Montagem: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
O Cruzeiro é o líder com 14 pontos e vem de uma vitória importante, contra o Vasco, por 3 a 1, fora de casa. O time mineiro evoluiu na competição, chegou ao topo e espera agora ainda mais dificuldades para se manter por lá, como já foi admitido pelos jogadores.  
Já o Tricolor vem de derrota para a Portuguesa por 1 a 0, mas mais incômodo que este revés foi a eliminação da Copa do Brasil, há 10 dias. O técnico Emerson Leão acabou demitido nesta semana, e o Tricolor vai com um interino para esta partida em Belo Horizonte: Milton Cruz comandará a equipe. 
Os dois times ainda colocarão em campo um tabu. Algoz histórico do Cruzeiro, o São Paulo não perde para os mineiros há 15 jogos pelo Campeonato Brasileiro. Foram nove vitórias e seis empates. Para se ter ideia, o goleiro Fábio, destaque e ídolo celeste com mais de 400 jogos, nunca venceu os são-paulinos pela competição. 
A TV Globo transmite a partida para todo o estado de São Paulo, Minas Gerais (menos Belo Horizonte), Região Sul, Recife, Bahia, Piauí, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santarém (PA) e Tocantins. O Premiere exibe a partida ao vivo, para todo o país, pelo sistema pay-per-view, a partir das 16h10m. O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances, em Tempo Real e com vídeos exclusivos, a partir das 15h50m.

header as escalações 2
Cruzeiro: o técnico Celso Roth tem um desfalque e uma dúvida para esta partida. O zagueiro Mateus está suspenso e será substituído por Rafael Donato. No meio-campo, Tinga e Willian Magrão disputam posição. O Cruzeiro terá: Fábio; Léo, Rafael Donato, Victorino e Everton; Leandro Guerreiro, Charles, Tinga (Willian Magrão), Montillo; Fabinho e Wellington Paulista. 
São Paulo: neste primeiro jogo após a demissão do técnico Emerson Leão, o Tricolor voltará a atuar no esquema 3-5-2. Essa foi a decisão do interino Milton Cruz. O esquema, além de dar mais segurança ao time neste momento, remete o clube ao vitorioso período de 2005 a 2008, quando conquistou Libertadores, Paulista, Mundial e três brasileiros. Assim, a provável escalação é: Denis; João Filipe, Rhodolfo e Edson Silva; Douglas, Denílson, Maicon, Jadson e Cortez; Lucas e Luis Fabiano. Paulo Miranda, Casemiro e Cícero ficam no banco de reservas.
quem esta fora (Foto: arte esporte)
Cruzeiro: o zagueiro Mateus, titular nas últimas quatro partidas, está suspenso pelo terceiro cartão amarelo. O atacante Anselmo Ramon sente dores no joelho esquerdo, não treinou com o grupo durante a semana, e dificilmente vai para o jogo. 
São Paulo: Rogério Ceni se recupera de lesão no ombro direito e Wellington de contusão no joelho esquerdo. Cañete já foi liberado para iniciar exercícios físicos após cirurgia no joelho direito. E Fabrício segue fora com problema no joelho esquerdo.
header pendurados (Foto: ArteEsporte)
Cruzeiro: Amaral, Charles, Diego Renan e Wellington Paulista. 
São Paulo: Paulo Miranda
header o árbitro (Foto: ArteEsporte)
Marcelo de Lima Henrique (Fifa/RJ) apita o jogo, auxiliado por Dibert Pedrosa (Fifa/RJ) e Rodrigo Pereira Joia (Fifa/RJ). Marcelo de Lima arbitrou três partidas no Brasileirão, marcou 103 faltas (média de 34,3/jogo), aplicou 14 amarelos (média de 4,7/jogo), nenhum vermelho e assinalou dois pênaltis. O campeonato tem média de 4,59 amarelos, 0,22 vermelhos e 37,7 faltas.

header fique de olho 2

Cruzeiro:
 o zagueiro Rafael Donato fará a estreia pelo Cruzeiro. O grandalhão de 1,93m pode ser uma das armas celeste nas bolas aéreas ofensivas. Essas jogadas foram muito treinadas por Celso Roth no decorrer da semana, e Donato foi a referência dentro da área. 
São Paulo: depois de cumprir suspensão contra a Portuguesa, e às vésperas de ser julgado pela expulsão diante do Atlético-MG, Luis Fabiano está de volta ao Tricolor com fome de gol. Artilheiro do time na temporada, o camisa 9 quer se recuperar diante do Cruzeiro, depois de sofrer com a eliminação na Copa do Brasil. 

header o que eles disseram

Celso Roth, técnico do Cruzeiro: “O São Paulo é um time veloz. O Lucas é velocidade pura, o Douglas passa com velocidade, o Cortez também. O Cícero é um falso lento, quando está com a bola entra com velocidade. O Jadson faz com que o time tenha velocidade. A gente sabe que o São Paulo é um time qualificadíssimo”. 
Rhodolfo, zagueiro do São Paulo: “Temos de ter um pouco de vergonha na cara neste momento. É complicado ser xingado o jogo todo, como foi contra a Portuguesa. Mas, para parar com isso, só as vitórias. E são os 11 dentro de campo que precisam resolver”. 
header números e curiosidades
* Cruzeiro e São Paulo já se enfrentaram 48 vezes pelo Campeonato Brasileiro. O time mineiro pode ser considerado um freguês do Tricolor. Foram 25 vitórias paulistas, 14 empates, e apenas nove triunfos mineiros. 
* A última vitória cruzeirense pelo Brasileirão foi em 2004, por 2 a 1, no Mineirão. Desde então, foram quinze jogos, com nove vitórias do Tricolor. 
* Os dois times estão entre os três com melhor aproveitamento na era dos pontos corridos. O Tricolor é o líder, o Cruzeiro, terceiro. O Internacional é o segundo colocado no quesito. 
* O jejum de sete anos sem vitória do Cruzeiro é pelo Campeonato Brasileiro. O time celeste bateu o São Paulo por duas vezes na Taça Libertadores de 2009, quando foi vice-campeão.
header último confronto v2
A última vez que Cruzeiro e São Paulo se enfrentaram terminou em empate, em outubro do ano passado, pelo Brasileirão. Uma desesperada Raposa, lutando contra o rebaixamento, recebeu, na Arena do jacaré, em Sete Lagoas, o Tricolor ainda com expectativas na ponta da tabela. Keirrison abriu o placar para os mineiros, mas os paulistas viraram com Cícero e Dagoberto. Charles deixou tudo igual. Cinco minutos depois, Juan recolocou o São Paulo na frente. Mas, após mais três minutos, Anselmo Ramon fechou o placar: 3 a 3. 

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Meu Jogo Inesquecível: após almoço, medo do Fenômeno na final de 2002 Ronaldo relembra apreensão horas antes da final contra a Alemanha, no Japão, por conta dos problemas vividos no dia da decisão da Copa de 1998


header 10 anos do Penta (Foto: Infoesporte)
Quatro anos depois. Final de Copa do Mundo. Ronaldo estava novamente no centro do futebol, com todos os olhares voltados para o seu desempenho. O relógio já passava das 13h no horário japonês, o almoço tinha transcorrido normalmente, mas a partir daí surgiu o receio: o medo de que o problema vivido antes da decisão de 1998, na França, acontecesse novamente. O segredo foi caminhar pelos corredores da concentração do time canarinho até o ônibus partir para o estádio de Yokohama, onde horas mais tarde a Seleção Brasileira conquistaria o pentacampeonato mundial. Esse foi o momento inesquecível de 2002 na cabeça do ex-jogador na conquista do torneio e no triunfo por 2 a 0 sobre a Alemanha, há exatos dez anos.
Antes dos 90 minutos, apreensão e incertezas por tudo o que foi vivido em 1998. Essa foi a revelação que Ronaldo fez ao relembrar 2002. Em campo, tudo mudou. Foram dois gols em cima de Oliver Kahn, festa e celebração por fechar o torneio com chave de ouro e a redenção de um Fenômeno, que chegou a ser considerado acabado para o futebol por causa da cirurgia no joelho em 2000.
ronaldo brasil alemanha copa do mundo 2002 (Foto: Agência Getty Images)Artilheiro da Copa com oito gols, Ronaldo
comemora com Denílson (Foto: Getty Images)
- Depois do almoço, o medo apareceu. O problema em 1998 foi exatamente depois do almoço e eu não queria que acontecesse de novo em 2002. Na França, eu tinha ido dormir e aconteceu tudo. Quatro anos depois, eu fiquei acordado, não queria dormir. Fiquei andando de um lado para o outro no corredor da concentração. Era a tensão pela chegada da final. Mas em campo, tudo passa – revelou o ex-camisa 9, hoje membro do Conselho de Administração do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 (COL) e empresário na 9ine, sua agência de marketing.
Ronaldo sabia das dificuldades que seria enfrentar Kahn, eleito pela Fifa o melhor jogador do torneio antes da decisão. De acordo com o Fenômeno, o alemão era gelado, pouco falava em campo. Mas o objetivo era justamente quebrar esse “homem de gelo”.
- Não teve nenhuma provocação ao Kahn após os gols e a vitória. Foi o jogo mais emocionante da minha carreira. Lembro que após aquele jogo, nós ficamos dois ou três dias sem dormir. Tivemos a viagem de retorno ao Brasil, as comemorações, a ida a Brasília. Foi bem emocionante – relembrou.
As preleções de Felipão eram demoradas, segundo o Fenômeno. O treinador relembrava os treinos, citava o nome dos jogadores, mostrava vídeos... Tudo para ter o melhor de sua equipe dentro de campo. Mas uma das poucas orientações contrárias do treinador que surtiu efeito aconteceu exatamente no lance do primeiro gol na decisão.
- O interessante é que o Felipão proibia que nós treinássemos rebote do goleiro. Ele tinha medo que nós pudéssemos nos machucar. Mas eu sempre estava lá, sempre treinava isso. No fim, eu fui até ele e disse: viu o que decide uma Copa do Mundo?
No fim, Ronaldo comentou o fato de o grupo de Felipão ter sido chamado de “Família Scolari”. Segundo o Fenômeno, a união do grupo não era falsa.
- Muitas vezes, nós falamos que temos um bom grupo, um bom ambiente, mas isso é para ser passado ao torcedor. Na Copa, não era assim. Nós éramos um grupo mesmo, uma família. Todos muito unidos – concluiu o Fenômeno.

Ronaldo balança a rede, deixa Kahn no chão e corre para festejar o penta (Foto: Agência Getty Images)    Varjota   Esportes - Ce.      /      Globoesporte