O técnico Marcelo Oliveira não mediu palavras na coletiva de imprensa na noite desta quarta-feira, após a vitória sobre o São Paulo que valeu ao Coritiba a vaga na final da Copa do Brasil pelo segundo ano consecutivo. O treinador desabafou sobre vários assuntos, desde a fama de cauteloso, substituições, declaração do presidente da CBF e atitude da imprensa nos treinamentos.
Marcelo Oliveira não esqueceu do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, que, durante a semana, falou sobre a possibilidade de São Paulo abrigar uma final de Libertadores com o Corinthians e da Copa do Brasil, caso o Palmeiras vença o Grêmio, nesta quinta.
- A gente sente muito em decepcionar o presidente da CBF, que queria uma final entre os dois clubes paulistas. A gente tinha que lutar por uma vitória e conseguimos.
O comandante coritibano pediu respeito do país ao Coritiba, que chegou à segunda final consecutiva da competição e é o atual tricampeão paranaense. Além disso, no ano passado, o time ficou próximo de conquistar uma vaga na Libertadores da América.
Sobre a classificação diante do São Paulo, Oliveira aproveitou para rebater críticas sobre o caminho do Coritiba na Copa do Brasil, que, até pegar o São Paulo, não havia jogado contra nenhum time da primeira divisão.
Ganhar dois Paranaenses, ir para a final da Copa do Brasil, brigar por Libertadores e conseguir mais uma final no ano seguinte significa ser cauteloso? Acho que sou"
Oliveira
- Não se chegou por dois anos seguidos por acaso. Não participamos de sorteios, foi com trabalho. Como ganhamos, o treinador agiu bem, de acordo com o resultado. Se não tivesse sido o suficiente para classificar, talvez fosse o contrário. Um treinador mais calmo é uma qualidade boa na vitória, mas na derrota quer dizer que ele é muito parado - reclama.
Quando questionado sobre a escalação ousada, ao abdicar de três volantes e colocar dois armadores, o treinador resgatou a história do volante Marcos Paulo; escalado na última final da Copa, contra o Vasco.
- Ganhar dois Paranaenses, ir para a final da Copa do Brasil, brigar por Libertadores e conseguir mais uma final no ano seguinte significa ser cauteloso? Acho que sou. Respeito a opinião, mas a gente participa do dia a dia. Durante o jogo coloquei o (volante) Gil. Era uma estratégia para lá (no Morumbi). Aqui a gente precisava criar mais. Felizmente deu certo, mas talvez o Gil fosse o Marcos Paulo do ano passado - ressalta.
No fim da coletiva, não faltaram desabafos nem para a imprensa. O técnico coxa criticou os profissionais por terem filmado alguns minutos dos treinos fechados e, segundo ele, atrapalhando a estratégia.
- Até lamento a atitude da imprensa, que filmou o treino de ontem (terça-feira) e ficou sabendo da escalação de forma antecipada, o que poderia ter atrapalhado a nossa estratégia. O pior é que é imprensa do estado e trabalha contra o clube - finaliza.
Os dois jogos da final da Copa do Brasil estão previstos para os dias 4 e 11 de julho e o adversário do Coritiba será definido na partida entre Palmerias x Grêmio, nesta quinta-feira. O sorteio dos mandos de campo acontece na sexta-feira.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte
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