Bragantino supera três baixas em 23 minutos e bate o Guarani na raça Massa Bruta vence por 2 a 1 e segue vivo na luta contra o rebaixamento. Bugre, por sua vez, completa o quinto jogo sem vitória e entra em crise


O Bragantino precisou mostrar poder de superação na noite desta sexta-feira para seguir vivo na luta contra o rebaixamento na Série B do Campeonato Brasileiro. Com 23 minutos de jogo diante do Guarani, o Braga já havia perdido três jogadores por lesão, forçando Vagner Benazzi a queimar todas as substituições possíveis. Mas o Massa Bruta conseguiu reverter o cenário negativo. Com gols de cabeça de André Vinícius e Léo Jaime, ambos no fim do primeiro tempo, bateu o Bugre por 2 a 1, no Brinco de Ouro, em Campinas, pela 29ª rodada. Renato Ribeiro, na etapa final, descontou.
- É um fato (perder três jogadores) que ninguém espera, mas infelizmente aconteceu. O importante é que provamos que temos um grupo forte, com jogadores à altura para substituir quem sai – afirmou Preto, um dos lesionados do Bragantino.
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A vitória reabilita o Braga da derrota para o Goiás e mantém a esperança de escapar da queda. Com o resultado, o time passou o Guaratinguetá, subiu para a 17ª colocação e chegou aos 27 pontos, a dois do CRB, que é o primeiro fora do Z-4, mas que ainda tem uma partida a menos – joga neste sábado, contra o Avaí, na Ressacada.
Do lado do Guarani, o revés agrava a má fase da equipe e instala de vez a crise no clube após uma semana turbulenta, com direito a cobrança pública do presidente Marcelo Mingone. Foi o quinto jogo consecutivo sem vitória. Sem chance de acesso, o Alviverde campineiro permanece na 13ª colocação, com 37 pontos.
Como o risco de rebaixamento também é pequeno, o Bugre só deve cumprir tabela daqui para a frente, o que é considerado muito pouco para o atual vice-campeão paulista. O reflexo da campanha é visto nas arquibancadas. Com 930 pagantes, o Bugre registrou nesta sexta o seu pior público da temporada.
Os dois times voltam a campo na terça-feira, que será dia de rodada cheia na Série B. Em queda livre, o Bugre visita o Goiás, enquanto que o Bragantino, de ânimo renovado, recebe o Barueri, em duelo direto contra a degola. Ambas as partidas estão marcadas para as 19h30.
Jefferson Feijão deixa o campo lesionado
(Foto: Carlos Velardi/ EPTV)
Lesões não atrapalham o Braga
O começo de jogo não foi nada animador para as duas equipes, principalmente para o Bragantino. Com 23 minutos, a equipe já havia perdido três jogadores por lesão. Primeiro, Preto torceu o tornozelo, aos 10, e já caiu no gramado pedindo substituição. Luciano Sorriso entrou. Cinco minutos depois, foi a vez de Jefferson Feijão sentir uma lesão muscular na coxa direita e dar lugar a Léo Jaime. Por fim, Toninho sofreu um estiramento no adutor e completou a lista de problemas. Benazzi queimou a última substituição ao colocar Raphael.
A sequência de contusões, aliás, foi o que mais chamou atenção no início. Com a bola rolando, as duas equipes erravam muitos passes. Do lado do Guarani, a cobrança pública do presidente Marcelo Mingone por um melhor futebol não foi suficiente, e as promessas dos jogadores de uma nova postura ficaram apenas nas palavras. Tanto que o Braga, apesar das baixas inesperadas, era melhor e marcava mais presença no campo de ataque.
O primeiro lance de perigo aconteceu somente aos 33 minutos. E foi do Braga. Léo Jaime cruzou da direita, Malaquias subiu sozinho e testou no chão. A bola passou por Emerson e saiu muito perto da trave esquerda. Era um sinal do que estava por vir. O Guarani, que até então não havia ameaçado Gilvan, respondeu com uma bomba de Dener que raspou o travessão.
Na sequência, Schwenck quase marcou em uma trapalhada de Gilvan. Após cruzamento, o goleiro saiu na entrada da área, sem necessidade. O atacante percebeu e tocou de cabeça por cobertura. A bola não ganhou força, o que permitiu a recuperação de Gilvan, que salvou o gol em cima da linha e tratou de pedir desculpas aos companheiros de defesa.
Aos 43 minutos, a falha aconteceu do outro lado, com Emerson, e desta vez foi fatal. Tiago Luis cobrou escanteio, André Vinícius testou firme, mas no meio do gol. O camisa 1 bugrino rebateu desajeitado, a bola ganhou efeito contrário e entrou, para desespero de Emerson, que ainda tentou evitar o gol, mas entrou junto com a bola: 1 a 0.
Também pelo alto, o Bragantino ampliou a vantagem com o baixinho Léo Jaime, aos 47 minutos. O camisa 14 do Braga aproveitou cruzamento perfeito, apareceu livre na segunda trave e, com categoria, testou por cima de Emerson: 2 a 0. O que começou ruim para o Bragantino terminou da melhor maneira possível. 
Jogadores do Braga comemoram vitória (Foto: Rodrigo Villalba/ Futura Press/ Agência Estado)
Bugre desconta, pressiona no fim, mas Braga leva os três pontos
Vadão voltou com Renato Ribeiro e Robinho nos lugares de Jackson e Clebinho. As apostas deixaram a defesa alviverde ainda mais exposta. Com inteligência, o Bragantino aproveitou os espaços, mas pecou na finalização para matar o jogo de vez. Malaquias saiu na cara de Emerson, buscou Lincom na pequena área, mas Rodrigo Arroz cortou o passe.
Depois, faltou sorte ao Braga. Diego Macedo acertou a trave. Na volta, a bola bateu na cabeça de Emerson e não entrou. A partir da metade da etapa final, o Braga acusou o cansaço. Sem poder mexer, Benazzi viu seu time recuar e chamar o Guarani para o jogo. O resultado foi uma pressão intensa do Bugre, principalmente após os 34 minutos, quando Renato Ribeiro desviou de cabeça um cruzamento de Danilo Sacramento e diminuiu.
No fim, o Bugre foi para cima na base do abafa. Os levantamentos na área do Braga foram constantes. Em um deles, Schwenck tocou com perigo de cabeça. Gilvan já estava batido no lance. Um chute de Júnior Negrão desviado por Raphael tirou a última esperança do torcedor alviverde. Até o goleiro Emerson foi para a área em duas cobranças de escanteio, mas o Bragantino segurou a pressão e conquistou uma vitória heroica. 


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