O volante Marcos Assunção conquistou a condição de capitão do Palmeiras com atitudes que pegaram
bem com elenco, comissão técnica e diretoria. Ele serviu de exemplo para os
mais novos na vitória por 1 a 0 sobre
o Bahia, nesta quarta-feira, em Salvador. Apesar das dores por
causa de uma inflamação no joelho direito, o jogador viajou à capital baiana na
noite de terça e entrou em campo para ajudar o Verdão a vencer. Mesmo sem uma
participação de tanto destaque, ele fez a diferença com sua experiência.
É por isso que Marcos Assunção quer estar presente em todos os sete
jogos do Palmeiras até o fim do Campeonato Brasileiro. As dores persistem,
claro, mas enquanto elas estiverem suportáveis, o capitão vai jogar.
- A dor castiga, machuca, mas não é insuportável. Ela avisa que está
aqui comigo. Mas pode doer qualquer coisa, que quero sair com a vitória. Quando
a vitória vem, é ainda mais gostoso. Nas próximas sete partidas, todos temos de
pensar assim. Não tem mais dor, nem momento para tratar. Só se for algo
insuportável, que você não consiga correr, andar. A princípio posso andar e
correr, então vou jogar – assegurou o volante.
Aos 36 anos, ele sabe que precisa de cuidados extras para estar sempre à
disposição do técnico Gilson Kleina. O joelho direito é que teima em
incomodá-lo. Depois da artroscopia realizada para curar uma tendinite no local,
foi a vez da inflamação em decorrência de um pequeno derrame. Assunção promete
se tratar ao máximo para não desfalcar mais o Palmeiras na reta final do
Brasileirão.
Pode doer qualquer coisa, que quero sair com a
vitória. Quando a vitória vem, é ainda mais gostoso. Nas próximas sete
partidas, todos temos de pensar assim"
Autor
- Minha força de vontade, mesmo com 36 anos, é enorme. Amo o que faço,
honro o clube que paga meu salário. Não quero fazer nada além das coisas
certas. Quando eu estiver bem, tenho de treinar mais que os garotos. Se eu não
treinar, não aguento. Eu não quero parar nesse momento - disse o volante.
- O amor que tenho por esse grupo é de família. Queria que todos
pensassem igual, que há 15, ou 16 milhões de pessoas torcendo por nós. Eu
jamais conseguiria ficar em casa sentado e tomando Coca Cola. Nunca iria
deixá-los na mão - completou.
Coincidência ou não, a vitória e a esperança de fugir da degola voltaram
depois que Assunção recebeu um presente inusitado ao desembarcar em Salvador,
terça-feira. Um torcedor lhe deu um
boneco de estimação chamado Tonico, e disse que ele daria sorte
para o duelo em Pituaçu. Assunção guardou o presente e admitiu que ele serviu
como amuleto.
- Deu sorte, mas foi esquisito (risos). Ele me deu um boneco. Mas está
lá no quarto, eu guardei sim. Está com a roupa do Palmeiras e vai ficar
guardado em um lugar especial - prometeu o capitão.
Assunção em sua chegada em Salvador, quando foi presenteado (Foto: Diego
Ribeiro / Globoesporte / Varjota Esportes - Ce.
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