Caetano responde insinuações de Pelaipe, e Abel alfineta o dirigente Dirigente diz que frase sobre supostos erros de arbitragem foi deselegante e treinador resume: 'Na última vez que ouvi falar desse cara, estava preso'


O Grêmio mal assumiu a vice-liderança do Campeonato Brasileiro e já voltou todas as suas atenções para o Fluminense. Logo após a vitória por 3 a 1 sobre o Sport, na última quinta-feira, que levou o clube gaúcho ao ultrapassar o Atlético-MG na tabela de classificação, o diretor executivo de futebol do Olímpico, Paulo Pelaipe acusou o Tricolor de estar sendo favorecido pela arbitragem. A declaração não repercutiu nada bem nas Laranjeiras e foi prontamente respondida após o treinamento desta sexta-feira.
O primeiro a se pronunciar foi o técnico Abel Braga. Sem querer entrar muito no assunto, o comandante do líder isolado do Brasileirão alfinetou Pelaipe.
Não ouvi coisas boas desse senhor recentemente. Na última vez que ouvi falar desse cara, estava preso. Tem que perguntar para o delegado então"
Abel Braga sobre Paulo Pelaipe
- Quem falou? Não ouvi coisas boas desse senhor recentemente. Na última vez que ouvi falar desse cara, estava preso. Tem que perguntar para o delegado então - resumiu o técnico em alusão ao episódio em que Pelaipe xingou um segurança do Engenhão antes da partida entre Flamengo e Grêmio.
Homem forte do futebol do Fluminense, o diretor executivo Rodrigo Caetano foi mais a fundo na questão e classificou como deselegante o comentário do rival. Ele lembrou que o Tricolor incomoda os adversários por estar na liderança isolada do Brasileirão e frisou mais uma vez que seu clube comenta apenas situações que acontecem em seus jogos.
- Essas declarações nos incomodam até porque temos um procedimento aqui no Fluminense de falar sobre supostos erros dos nossos jogos. Se nos sentirmos prejudicados, vamos falar. Mas nunca sobre os adversários. Temos que entender também que um time na liderança incomoda os concorrentes. Acho deselegante creditar uma campanha com números tão expressivos em benefício ou prejuízo da arbitragem. Resume de forma simples todo o nosso trabalho. Da mesma forma como Grêmio, Atlético-MG, São Paulo e Vasco, só para ficar nos times da parte da cima da tabela, no Fluminense também há planejamento, investimento, comprometimento, um patrocínio forte e um elenco qualificado. Somos o alvo por sermos os líderes, mas isso não vai tirar o nosso foco. Seguimos firmes em busca do título brasileiro - explicou Rodrigo.
O dirigente lembrou ainda que é mais ético e elegante reconhecer o trabalho alheio e preferiu acreditar que as declarações surgiram diante de um momento de euforia com a conquista da vice-liderança do Brasileirão.
Pelaipe insinuou favorecimento ao Flu após assumir a vice-liderança do Brasileirão. Rodrigo Caetano e Abel responderam (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
- Infelizmente veio justamente do clube em que tive a oportunidade de trabalhar e iniciar com mais destaque a minha carreira. Mas esse não é o sentimento do Grêmio, um clube que prima por reconhecer seus adversários. Tenho certeza absoluta disso. Prefiro acreditar que tenha sido em um momento de euforia pela segunda colocação e pelo fato de verem mais chances de conquistarem o título. Esse tipo de declaração não vai influenciar as arbitragens. Os holofotes todos já estão no líder. Ano passado era na disputa entre Corinthians e Vasco, da qual também pude participar. Agora é o Fluminense. Mas é preciso respeito. Do mesmo jeito que os adversários, nós também buscamos esse título. É mais elegante e ético reconhecer que também existe um trabalho sendo feito do outro lado. Tenham certeza de que nada disso vai alterar a rotina do nosso trabalho - finalizou.
O Fluminense lidera o Brasileirão de forma isolada com 65 pontos, nove a frente de Grêmio e Atlético-MG, que tem 56.
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