A atuação do árbitro Felipe Gomes da Silva na derrota por 1 a 0 para o
Fluminense, sábado, no Engenhão, pelo Campeonato Brasileiro, foi o estopim para
o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, soltar o verbo para cima da
arbitragem carioca. No mesmo dia do clássico, ele acompanhou três jogos das
categorias de base do clube e não poupou críticas a Jorge Rabello, presidente
da Comissão de Arbitragem do Rio de Janeiro (Coaf).
Seedorf recebeu cartão amarelo no
clássico e reclamou com o juiz no intervalo (Foto: Satiro Sodré/AGIF)
Maurício revelou que Felipe Gomes da Silva, hoje com 33 anos, foi
goleiro das categorias de base do Botafogo tempos atrás e deve ter sofrido
muito na época com a estrutura precária de Marechal Hermes. Para o presidente,
faltou bom senso ao escalar o árbitro, que apitou seu primeiro jogo no
Brasileirão deste ano.
- Não é lugar para experiência. Isso tem que acontecer no Campeonato
Carioca, entre grandes e médios ou médios contra médios. O Fred colocou o
árbitro no bolso desde o primeiro minuto de jogo. O problema é que ele
(Rabello) vai responder dizendo que o Botafogo não contratou atacante ou não
faz gol, como é típico e já fez com outros clubes, dizendo que era melhor
vigiar os jogadores na noite. Quero saber então do presidente da Ferj (Rubens
Lopes) como a gente pode discutir arbitragem, pois ele (Rabello) não fala sobre
o assunto - disse Maurício.
No jogo contra o Fluminense, a reclamação do presidente do Botafogo foi
com algumas atitudes de Felipe em campo e com a aplicação de cartões. Além
disso, questionou a não marcação de um pênalti em um toque de mão de Fred nos
minutos finais do clássico.
- No lance em que ele deu cartão amarelo para o Seedorf, até acho que
foi um ato de indisciplina, mas quero saber se o Fluminense escolhe onde vai
cobrar a falta. Era melhor então marcar pênalti de uma vez. No segundo tempo, o
Botafogo foi cobrar uma falta cinco metros à frente no campo de defesa e ele
mandou colocar a bola para trás. Os jogadores do Botafogo levaram dois cartões
por chegarem atrasados. Aconteceu o mesmo com o Thiago Neves e ele não foi
punido. Ainda teve um toque de mão do Fred, que o árbitro atrás do gol não
marcou. E eu ainda pago para aquele cara ficar ali e não fazer nada. Sai do meu
borderô - comentou o dirigente.
Em sua incursão pelos jogos das categorias de base, Maurício acompanhou
sábado no Caio Martins os jogos do Botafogo do infantil aos juniores. Ele
presenciou uma cena que o marcou com relação aos árbitros do Rio de Janeiro,
contrariando uma frase que ouviu de Rubens Lopes recentemente sobre a renovação
do quadro carioca.
- O observador técnico que estava no Caio Martins avisou ao árbitro que
o gol do Madureira no juvenil estava na conta dele por não ter marcado uma
falta clara em um jogador do Botafogo no início da jogada. O que tenho visto
nesses jogos me deixa preocupado e não adianta dizer que não entendo porque
acompanho sempre. Há três semanas, vi o presidente da Ferj dizer que havia uma
renovação, e a arbitragem do Rio está ótima. Pois não está - avaliou o
presidente.
*Colaborou o estagiário Gabriel Fricke, sob a supervisão de Thales Soares
*Colaborou o estagiário Gabriel Fricke, sob a supervisão de Thales Soares
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte
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