Com moral: Dragão bate Goianésia por 2 a 1 e ganha vantagem para semi Atlético-GO vence primeira de série de três 'decisões' com Azulão. Nota triste é morte de torcedor após parada cardíaca


Quem vence dez partidas nos últimos 13 jogos merece, pelo menos, uma vantagem para a fase final do Goianão. E o Atlético-GO fez por merecer neste sábado ao derrotar o Goianésia por 2 a 1, no Serra Dourada, pela última rodada da primeira fase do Estadual. Com o resultado, o Dragão confirma na sua última chance a segunda colocação na primeira fase.
A nota triste aconteceu antes do apito inicial. Um torcedor atleticano, conhecido como apenas Marcos Antônio, o 'Marcão do espetinho', de 50 anos, residente do Setor Goiânia II, sofreu uma parada cardíaca e mobilizou os paramédicos de plantão no Serra Dourada, que passaram todo o primeiro tempo tentando reanimá-lo. Infelizmente, o torcedor faleceu (veja o vídeo acima).
A UTI móvel que fica no gramado do estádio chegou a se deslocar para o local onde o torcedor estava, na arquibancada atrás dos vestiários. No entanto, pouco depois do fim do primeiro tempo, Marcos foi retirado do estádio já sem vida.
Sem grandes dificuldades e diante de um Goianésia sem a mesma força de outrora, o Dragão triunfou com gols de Pipico e Wiliam Barbio. Nos minutos finais, Mateuzinho fez o de honra para o Azulão do Vale. O Dragão termina a primeira fase com 33 pontos, somente atrás do líder Goiás, e jogará pelo empate no placar agregado na semifinal para poder avançar à grande decisão.
Após 12 rodadas em segundo, o Goianésia conheceu sua quarta derrota no segundo turno e caiu para a terceira colocação, com 31 pontos. As duas equipes voltam a se enfrentar nas semifinais do Estadual. As datas e locais das partidas ainda devem ser confirmadas, mas o primeiro jogo deve ser no próximo dia 28, no Valdeir José de Oliveira, em Goianésia. O segundo será no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, em Goiânia, no dia 5 de maio.
Gols perdidos
Em campo, as duas equipes demoraram a incorporar o espírito decisivo da partida. Pareciam guardar o fôlego para os dois confrontos da semifinal. O Goianésia mantinha mais a posse de bola e tentava avançar pelas laterais, mas sem sucesso. Mas o Atlético-GO não se manteria acuado por muito tempo. Aos poucos o Dragão se sentia à vontade na partida. Aproveitando os espaços pelo lado esquerdo, o Rubro-Negro não tinha dificuldades para entrar na área do Azulão.
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Romerito e Dodó disputam jogada no Serra (Foto: Zuhair Mohamad / O Popular)
Ainda aos seis minutos, Ricardo Jesus recebeu pela direita e chutou cruzado, para fora. Era o primeiro erro do festival de gols perdidos do qual o artilheiro faria parte. A segunda chance desperdiçada aconteceria três minutos mais tarde, após boa tabela com Pipico. Quando balançou as redes, aos 13 minutos, o atacante foi flagrado em impedimento, após receber passe de Robston. Mas a vontade de acabar com o jejum de três jogos sem marcar era grande. Só faltava a pontaria. No lance seguinte ao tento anulado, o atacante perderia mais um gol.
Pipico fura bloqueio do Azulão
O azar do atacante parecia estar com o restante da equipe. Tudo porque, aos 23 minutos, Jonh Lennon fez todos os gols perdidos por Ricardo Jesus serem apenas lances comuns. O lateral fez boa tabela com Robston, entrou pela esquerda em ótimas condições de finalizar, mas chutou – muito mal – para fora. Entretanto, o camisa 2 se redimiria. Aos 30 minutos ele roubou bola na intermediária e lançou Pipico.
O atacante avançou pela esquerda, cortou para o meio e chutou no canto de Bruno Colaço, marcando um belo gol: 1 a 0. A desvantagem no placar fez os visitantes acordarem no jogo, e o Azulão ainda teve suas melhores chances até então, com Nonato e Paulo César, mas parou na falta de pontaria do atacante, e na defesa de Roberto após o chute do lateral.
Pipico, atacante do Atlético-GO (Foto: Daniel Mundim)Pipico abre o placar para o Atlético-GO (Foto: Daniel Mundim)
Gols no fim e vitória rubro-negra
As duas equipes voltaram mais dispostas na segunda etapa. O Goianésia se mostrou mais intenso no ataque, mas sem criatividade para furar o bloqueio atleticano. As bolas paradas com Roma, e a ligação direta para Nonato se mostravam as únicas alternativas do Azulão do Vale, que só assustou Roberto com chutes de longa distância. O Atlético-GO investiu nos contra-ataques e diminuiu o ritmo. No entanto, não o bastante para mostrar que Ricardo Jesus, realmente, não estava em um bom dia.
O atacante foi o responsável pela primeira boa chance rubro-negra na segunda etapa, aos 12 minutos, quando cobrou falta e tirou tinta da trave de Bruno Colaço. Henry Lauar tentou dar mais força ao seu ataque com as entradas de Mateuzinho e Dan, mas sem sucesso. O time do Vale do São Patrício não mostrava reação. A situação piorou quando, aos 30 minutos, Wilton Tutu foi expulso com um vermelho direto após entrada dura em Pipico. Foi praticamente o nocaute para o Azulão.
O Dragão, por sua vez, apenas administrou a vantagem. Wiliam Barbio entrou na partida na vaga de João Paulo e deu mais velocidade ao ataque, mas sem força nas finalizações. O Atlético-GO apenas tocava a bola esperando para confirmar sua segunda colocação. Nos minutos finais, ainda sobrou tempo para Jonh Lennon quase ampliar o placar com um ótimo chute de fora da área, mas Bruno Colaço defendeu.
O segundo gol sairia aos 44 minutos, com Wiliam Barbio, após receber pela esquerda e tocar no canto do goleiro do Azulão. Após ter dificuldades durante todo o jogo, e sofrer com a falta de criatividade espaços, o Goianésia marcou com Mateuzinho, aos 46 minutos. Mas já era tarde demais: 2 a 1 Atlético-GO.
FICHA TÉCNICA - ATLÉTICO-GO 2 x 1 GOIANÉSIA
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia
Competição: Campeonato Goiano
Árbitro: Bruno Rezende
Assistentes: Alexandre Amaral e Maxwell Leandro
Gols: Pipico 30' 1ºT, Wiliam Barbio 44' 2ºT (Atlético-GO) / Mateuzinho 46' 2ºT (Goianésia)
Cartões amarelos: Romerito, Roma, Mateuzinho (Goianésia)
Cartão vermelho: Wilton Tutu (Goianésia)
Público pagante: 4.180 pagantes
Renda: R$ 71.030,00
ATLÉTICO-GO: Roberto; Paulo Henrique Martins (Jorginho), Ednei, Lucão e Jonh Lennon; Dodó, Robston, Ernandes e João Paulo (Wiliam Barbio); Pipico e Ricardo Jesus.
Técnico: Waldemar Lemos
GOIANÉSIA: Bruno Colaço; Edson Pelezinho (Alekito), Luciano, Fábio e Paulo César; Wilton Goiano, Roma, Juliano (Mateuzinho) e Romerito; Wendell Lira (Dan) e Nonato
Técnico: Henry Lauar 

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