Supremacia, geralmente, é comprovada com números. O Vitória sabe bem disso e faz questão de deixar tudo bem claro. No primeiro evento-teste da Fifa na Arena Fonte Nova, o Rubro-Negro não teve pena do rival. Assim como no Ba-Vi de inauguração do estádio, o Vitória venceu por 2 a 1 e manteve um tabu de não perder para o Bahia desde 2011. Com gols de Michel e Mansur, o Leão só não conseguiu o direito de jogar a semifinal com a vantagem diante do Juazeirense - Titi descontou para o Bahia.
O roteiro do jejum que o Vitória faz o Bahia amargar é longo. A última vez que o lado azul, vermelho e branco da cidade comemorou uma vitória no clássico foi em 1º de maio de 2011 – no ano passado, o Tricolor foi campeão baiano, mas conseguiu o feito sem vencer um clássico sequer. Neste período, foram cinco partidas disputadas sem contar a deste domingo. Três empates e dois triunfos rubro-negros.
Na arquibancada, a festa manteve o som do último Ba-Vi. O funk carioca continuou a ser a trilha sonora da torcida do Vitória. Mas desta vez ganhou um novo acompanhamento: a caxirola idealizada por Carlinhos Brown. Do outro lado do estádio, protestos e xingamentos contra a diretoria do Bahia.
Apesar do triunfo no clássico, o Vitória não conseguiu a vantagem para a semifinal do Campeonato Baiano. Como o Juazeirense venceu seu jogo, o Rubro-Negro terminou na segunda colocação do Grupo 2 com 18 pontos. O Bahia também foi o vice-líder de seu grupo, mas com oito pontos. Bahia e Vitória farão os primeiros jogos da semifinal do Baiano em casa, no meio desta semana, contra Juazeiro e Juazeirense, respectivamente.
Domínio rubro-negro e revolta da caxirola
Os dois times em campo traduziram bem a tabela de classificação da segunda fase do Campeonato Baiano. De um lado a equipe com a segunda melhor campanha e cinco triunfos em sete jogos. Do outro, o time com a terceira pior campanha e apenas um triunfo na competição. Com a bola rolando, os números do Vitória se transformaram em domínio.
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O sinal da superioridade rubro-negra foi a bola na trave de Renato Cajá logo aos cinco minutos. O grito de gol ficou entalado pouco tempo depois quando Victor Ramos acertou uma cabeçada no travessão após cobrança de escanteio. Mas não durou muito. No rebote, Michel mandou para o fundos das redes, enquanto Marcelo Lomba sequer se mexeu. O Bahia tentou reagir, mas ficou preso na falta de qualidade. No Vitória, o conjunto falou mais alto. Maxi Biancucchi recebeu dentro da área e deixou de calcanhar. Mansur, esperto, fez o segundo diante do time que deixou no ano passado.
A inferioridade no placar fez com que a torcida do Bahia mudasse a postura. Primeiro protesto contra o presidente Marcelo Guimarães Filho com palavras impublicáveis. Em seguida, uma chuva de caxirolas no gramado. Por fim, as torcidas organizadas ou recolheram suas faixas ou as viraram de cabeça para baixo.
Gol, apreensão e festa rubro-negra
O Bahia voltou para o segundo tempo disposto a mudar o cenário. Com Fernandão no lugar de Obina, o Tricolor ganhou mais mobilidade. Logo aos seis minutos, Anderson Talisca levantou a bola na área, Deola saiu mal e Titi diminuiu. A torcida que protestava passou a apoiar. O time, antes apático, criou melhores chances.
O Vitória conseguiu equilibrar a partida. O segundo tempo teve boas chances de gol de ambos os lados. As torcidas mantiveram a apreensão até o apito do juiz. No final, prevaleceu a superioridade recente do Vitória em cima do rival, que ainda não venceu na Arena Fonte Nova e chegou ao seu sexto jogo no Baiano sem conseguir um triunfo. Festa rubro-negra.
Varjorta Esportes - Ce. / Globoesporte
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