Cristóvão minimiza pressão pós-Tite, mas diz que críticas foram exageradas Demitido do Corinthians no último sábado, treinador afirma que não sentiu peso de substituir o técnico da Seleção e que erros comuns criaram atmosfera adversa no time

Cristóvão Borges Corinthians (Foto: Marcelo Braga)Cristóvão Borges minimizou os protestos da torcida, que pedia sua saída (Foto: Marcelo Braga)
Substituir o técnico mais vencedor da história do Corinthians era uma missão difícil, mas essa pressão não foi o que causou sua demissão. Para Cristóvão Borges, seus últimos momentos no comando da equipe foram de um círculo vicioso de erros, oscilações e críticas que impediram sua permanência no banco.
O treinador falou com exclusividade aoGloboEsporte.com nesta terça-feira. Ele também minimizou os protestos da torcida, que pedia sua saída. A entrevista completa será publicada nesta quarta-feira.
– Na minha contratação, todos ficaram sobressaltados. Substituir o Tite... meus amigos têm a visão de que isso seria muito difícil, mas foi o que menos senti. Era um peso, claro, mas as coisas andaram bem – afirmou Cristóvão, que estreou com derrota para o Atlético-MG, em junho, mas depois ficou sete jogos invictos, com cinco vitórias.
– Na hora da oscilação, aconteceram coisas que ajudaram no desequilíbrio do time. Esse terreno é fértil para erros e acertos. Eu acertei e errei. Mas estava em um lugar e um momento que não podia errar – completou o técnico, que assumiu deslizes em substituições.
As críticas ao trabalho de Cristóvão se acentuaram após a derrota para o Santos, por 2 a 1, de virada, há três rodadas. As trocas feitas, principalmente a entrada de Willians no lugar de Giovanni Augusto, no segundo tempo, foram apontadas como responsáveis pelo revés.
– Quando errei, criou-se uma atmosfera adversa, difícil de ser retomada. Tudo veio de maneira incompreensível, com críticas além da conta, exageradas e até desrespeitosas. Criou-se um monstro. Mas não guardo mágoa, nem da torcida nem do Corinthians.
Cristóvão foi demitido após a derrota para o Palmeiras, por 2 a 0, no último sábado, em Itaquera. Ele deixou o Corinthians depois de 18 partidas, com sete vitórias, cinco empates e seis derrotas – um aproveitamento de 48%. Sob seu comando, o time marcou 23 gols e sofreu 20.
Nesta quarta, o Corinthians enfrenta o Fluminense na partida da volta das oitavas de final da Copa do Brasil, em Itaquera – com o empate em 1 a 1 na ida, igualdade sem gol classifica os paulistas. 

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