O Inter deixou o Independência na noite de domingo em meio a um sentimento dúbio, e até recorrente, de ter feito uma atuação "digna", mas saiu de campo novamente derrotado, dessa vez por 3 a 1 para o Atlético-MG, que afundou a equipe na 18ª colocação, a quatro pontos de deixar o Z-4. A situação cada vez mais alarmante na tabela chancela o final de "um turno" traumático para o Colorado, que despencou da liderança à degola com apenas uma vitória e aproveitamento de lanterna em 19 jogos no período de 101 dias.
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Em 16 de junho, a equipe então treinada por Argel bateu o mesmo Galo por 2 a 0 no Beira-Rio para se isolar na liderança do Brasileirão, na 8ª rodada. Desde então, o clube somou apenas oito pontos, distribuídos em um triunfo, cinco empates e 13 derrotas, com 31 gols sofridos e 17 anotados. O aproveitamento é de 14% neste período e bem inferior ao do lanterna América-MG. Em 27 rodadas, o Coelho soma 21 pontos e 25,9% de rendimento no Brasileirão.
O Colorado completa o "turno" negativo imerso numa crise ainda insolúvel, com pressão e incerteza acerca de seus treinadores. Da liderança, Argel despencou até cair após uma série de seis jogos sem vencer, encerrada com revés para o Santa Cruz, no Arruda, na 14ª rodada. Depois, Falcão assumiu e permaneceu em apenas cinco partidas, com dois empates, três derrotas e nenhuma vitória.
Celso Roth assumiu junto à "Swat colorada" e até encerrou o jejum de 14 jogos sem triunfos ao bater o Fortaleza, na Copa do Brasil, e o Santos, pelo Brasileirão, em partidas seguidas. Mas a equipe logo voltou a oscilar, com a fase negativa recente, de cinco jogos com derrotas. No Z-4, o Inter soma apenas 20,4% de aproveitamento como comandante em oito confrontos no Campeonato Brasileiro e segue com a insistente pressão, a 11 rodadas do fim.
– Pressão é desde o dia que iniciei o trabalho. O que estamos fazendo é justamente trabalhar para o bem do clube. Eu sei que os resultados não estão vindo. Vocês estão vendo a situação anímica e a tristeza com a derrota diante de uma atuação assim, mas ela não dura eternamente. Nós temos que persistir com trabalho, que é o que estamos fazendo diariamente, dando suporte que eles (jogadores) precisam nesse momento de desequilíbrio técnico – afirma o treinador.
Em meio à fase nebulosa, o Inter tenta coletar algum saldo positivo. A atuação "digna" contra o Atlético-MG é vista com bons olhos pela diretoria e será usada como novo ponto de partida para buscar a retomada nos dois jogos seguidos em casa, contra o Figueirense e o Coritiba – antes, o Colorado tem o Santos pela frente na Copa do Brasil.
– Acho que se nós tivéssemos jogado assim (antes), os resultados não seriam aqueles. A equipe encontrou sua forma de jogar. O adversário é muito qualificado. Vamos seguir trabalhando da mesma forma para que os jogadores tenham tranquilidade para desempenhar o futebol. Sabemos da pressão, que nossa torcida está desgostosa. Não podemos alterar nosso rumo a cada momento. Temos dois jogos em casa muito difíceis. Dependemos da torcida. Vamos resistir e superar esse momento de maior dificuldade da história do clube – ressalta o vice de futebol Fernando Carvalho.
Após retornar em voo fretado ainda na madrugada desta segunda-feira, o Inter se reapresenta para treinamentos à tarde. O Colorado amarga a 18ª colocação no Brasileirão, com distância de quatro pontos para o primeiro clube fora do Z-4. A equipe volta a campo na próxima quarta-feira, quando enfrenta o Santos, às 19h30, na Vila Belmiro, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Pelo Brasileirão, o próximo compromisso está marcado para o sábado, às 21h, no confronto direto com o Figueirense, pela 28ª rodada.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte.
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