O quarterback do San Francisco 49ers, Colin Kaepernick, revelou nesta terça-feira ter recebido ameaças de morte depois de se ajoelhar durante a execução do nino nacional americano antes dos jogos da NFL. O jogador já explicou que protesta contra a injustiça racial e a opressão da polícia contra negros nos Estados Unidos.
Kaepernick disse que as ameaças não aconteceram apenas nas redes sociais na internet, mas também de "algumas diferentes maneiras".
- Recebi algumas ameças, mas não estou preocupado com isso. Para mim, se algo assim acontecer, você provou o meu ponto e vai ser alto e claro para todos por que isso acontece. Iria levar este movimento para a frente a uma velocidade maior do que está agora. Com certeza, isso não é como eu quero que aconteça, mas isso é a percepção do que poderia acontecer. Eu sabia que outras coisas viriam junto com isso quando eu fiz pela primeira vez e falei sobre isso. Não é algo que eu não tenha pensado - afirmou o atleta de 28 anos, em entrevista coletiva.
Nas primeiras partidas da temporada 2016/2017 da liga de futebol americano, outros atletas seguiram a atitude do quarterback dos 49ers e também se ajoelharam durante o hino. Kaepernick já avisou que vai doar 1 milhão de dólares para comunidades carente. Apesar de o protesto gerar bastante polêmica, ele pretende continuar na luta pelo seu objetivo e não poupa palavras ao falar sobre o racismo que ele aponta que existe nos Estados Unidos.
- Há um monte de racismo disfarçado de patriotismo neste país, e as pessoas não gostam de lidar com isso, eles não gostam de abordar qual é a origem deste protesto. Você tem jogadores em todo o país, não só na NFL, mas jogadores de futebol e da NBA e do colégio, eles não gostam de abordar esta questão de que as pessoas de cor são oprimidas e tratadas injustamente. Eu não sei por que é assim ou do que eles têm com medo, mas isso precisa ser falado - disse Kaepernick.
Depois de o quarterback revelar aos jornalistas nesta terça sobre as ameaçadas de morte, a polícia de Santa Clara e a diretoria do San Francisco 49ers informaram que não tinham recebido nenhuma denúncia sobre a situação até então, mas prometeram investigar o caso.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte.
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