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O documento diz que Warner tinha laços com autoridades sul-africanas desde que o país tentou sediar a Copa do Mundo de 2006. Um familiar dele, que a investigação chama de “co-conspirador 14”, teria negociado amistosos de equipes da Concacaf na África do Sul. Ele mesmo, autorizado por Warner, teria recebido em Paris uma mala com 10 mil dólares de um homem tratado como “co-conspirador 15”. Ele é, de acordo com a investigação, um membro do alto escalão da candidatura sul-africana. O documento informa que esse dinheiro foi posteriormente entregue em mãos para Warner em Trinidad e Tobago.
Em maio de 2004, às vésperas da eleição, Warner e o “co-conspirador 1”, que seria o ex-secretário-geral da Concacaf Chuck Blazer, viajaram ao Marrocos, que também pleiteava sediar o Mundial de 2010. Lá, um representante da candidatura marroquina teria oferecido US$ 1 milhão a Warner.
Foi então, de acordo com o documento, que Blazer tomou ciência de que Warner tinha uma oferta, de US$ 10 milhões, saída do governo da África do Sul, do comitê sul-africano e do alto escalão da própria Fifa, para que a CFU (União Caribenha de Futebol) votasse no país como sede da Copa. O dinheiro seria dividido entre Warner, Blazer e o “co-conspirador 17”. Os dois últimos receberiam US$ 1 milhão cada.
Trecho do documento que fala sobre o pagamento de US$ 10 milhões de propina (Foto: Reprodução)
Vencida a disputa, o governo sul-africano, diz o documento, não encontrou meios de enviar o dinheiro prometido. A grana teve que partir da Fifa, de recursos que seriam usados no Mundial, para contas da CFU. O dinheiro partiu em três lotes, saídos de uma conta na Suíça para um banco nos Estados Unidos: US$ 616.000 em 2 de janeiro de 2008, US$ 1.600.000 em 31 de janeiro de 2008 e US$ 7.784.000 em 7 de março de 2008. As contas que receberam o dinheiro eram da Concacaf e da CFU. Era Jack Warner o responsável por elas, via Republic Bank, em Trinidad e Tobago.
A investigação aponta que Warner começou a mexer no dinheiro tão logo ele caiu na conta. Em 9 de janeiro, ele teria transferido US$ 200 mil para uma conta pessoal. Em seguida, teria repassado US$ 1,4 milhão para empresários trinitinos. Semanas depois, o mesmo valor caiu em uma conta controlada por Warner.
O documento mostra que Warner, nos anos posteriores à escolha, repassou US$ 750.000, em três parcelas, ao “co-conspirador 1”, que seria Blazer.
Suspeitos
A imprensa sul-africana, com base nas informações do relatório, fecha o cerco sobre quem podem ser os "co-conspiradores" 15 e 16. A investigação indica que eles participaram dos comitês das candidaturas de 2006 e 2010. O "Sport 24" indica que apenas três nomes se encaixam no perfil: Danny Jordaan, Tokyo Sexwale e Irvin Khoza. Nenhum deles foi detido.
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