Dívida do Mogi com Rivaldo cresce e atinge R$ 10 mi em balanço de 2014 Presidente usa patrimônio pessoal e também recursos de sua empresa, CRS, para fazer empréstimos ao Sapo. Tendência é que números deste ano sejam até maiores

Rivaldo presidente Mogi Mirim (Foto: Murilo Borges)Rivaldo mantém Mogi com recursos próprios (Foto: Murilo Borges)
As dívidas do Mogi Mirim com Rivaldo aumentam a cada ano. O balanço divulgado pela LAM Auditoria Independente, empresa contratada para prestar contas, mostra déficit de R$ 10.457.960,00 em 2014. O valor é referente a empréstimos feitos pelo craque, tanto como pessoa física e como jurídica, através de sua empresa.

Do montante geral, R$ 10.364.840 são de empréstimos pessoais de Rivaldo, que desde 2008 coloca recursos próprios para manter o futebol do Mogi em atividade. A novidade do balanço é a entrada da CSR Eventos, Turismo e Promoções Esportias LTDA. A empresa, que pertence ao ex-jogador, adiantou R$ 93.120,00 ao clube.

Os dados foram divulgados pelo jornal O Popular e mostram a evolução da dívida do Mogi Mirim com o próprio presidente. Em 2013, os valores eram de R$ 6.985.191,00, contra R$ 8.216.485,00 em 2012 e R$ 6.636.669,00 em 2011. Na metade de 2014, Rivaldo se envolveu em polêmica ao passar dois Centros de Treinamento para seu nome, como forma de abatimento da dívida. Na época, o cartola se irritou com insinuações e deixou de falar com a imprensa por meses.
A auditoria aponta o crescimento como problema, já que o clube depende de Rivaldo para seguir vivo. O ex-jogador é, desde meados de 2013, o único acionista do Mogi Mirim (o sócio Hélio Vasone Júnior foi afastado por problemas com o dirigente). O acesso à Série B do Campeonato Brasileiro aumentam as receitas do Sapo, mas isso ainda não é suficiente. Nos bastidores, o craque procura patrocínios que ajudem a, pelo menos, bancar a folha salarial.
As dividas do Mogi se resumem apenas a Rivaldo, uma vez que os débitos com Hélio Vasone forem solucionados com a cessão de direitos econômicos do lateral-direito Caramelo e do meia Roni, vendidos ao São Paulo após o Campeonato Paulista de 2013. O ex-camisa 10 da seleção brasileira promete não deixar o clube na mão, mas procura parceiros a fim de dividir o fardo de pagar todas as contas do Sapo. O receio é perder boa parte do patrimônio adquirido nos tempos de jogador, quando fez sucesso por Palmeiras, La Coruña e Barcelona, entre outros. 

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 Varjota  Esportes - Ce.        /           Globoesporte.

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