O Vasco passou a ter nesta terça-feira 12 jogos sem vitória nesta edição da Série B, depois de empatar com o Goiás em 1 a 1, no Serra Dourada, pela 25ª rodada. Pior que o resultado, que deixa a equipe com o mesmo o número de pontos do Atlético Goianiense, é a sensação de nau à deriva, dentro e fora das quatro linhas. Cada vez está mais claro que o Cruz-Maltino segue examente o mesmo que foi rebaixado em 2015, apesar da reação no fim da temporada.
No returno da competição, o time comandado por Jorginho só marcou seis pontos até agora e tem apenas a 16ª melhor campanha, de acordo com o Futdados. Aliás, quando não perdeu nesse período, o adversário era sempre um dos últimos colocados na tabela: além do Esmeraldino, Sampaio Corrêa (1 a 1), Tupi (2 a 2) e Oeste (3 a 2). Se o título era tratado como certeza, já não pode ser mais, embora, o acesso ainda apareça bem visível no horizonte do clube carioca.
Se dentro das quatro linhas a situação não é boa, fora está pior ainda, com clima quase insustentável dentro do vestiário, devido "racha" no elenco. Um grupo, composto por alguns dos jogadores mais experientes, faz de tudo para que Jorginho peça demissão, o que, segundo informações de bastidores, chegou a ficar perto de acontecer há alguns dias. Outras lideranças respaldam o treinador, e um dos atletas mais respeitados pela torcida, por sua vez, teria sido responsável por convencer o lateral do tetra a seguir na função.
O clima de divisão também é político, com parte oposição divulgando nota em virtude do 100º jogo na segunda divisão nacional, que aconteceu no último sábado com o Oeste, e dizendo que o clube vive processo de "olarização", em referência ao Olaria, do subúrbio carioca, hoje na Série B do Estadual. O grupo político mais sólido que apoia a gestão Eurico Miranda rebateu, dizendo que o Vasco foi vítima de um "esquema" que o rebaixou no Brasileirão no ano passado, e que a instituição está sendo resgatada financeiramente, esportivamente e moralmente.
Daqui menos de um ano, se tudo correr como o previsto, acontecerão eleições presidenciais, e a temperatura pode subir ainda mais na Colina, pois Eurico Miranda precisará manter todos os apoios que teve em 2014, o que já não é mais uma certeza, e com a oposição precisando se firmar para conquistar um eleitorado muito restrito, composto apenas por sócios-gerais e patrimonais, afinal, no Vasco, sócio-torcedor não tem direito a voto.
No meio de tanto caos, dentro e fora do campo, a torcida já não encontra mais motivação e desaparece, especialmente, das arquibancadas São Januário. Nesta Série B, a média de público nos jogos do time em seu estádio é de apenas 4.533 pessoas por jogo. Horários ruins, ingressos caros, transporte ineficiente são alguns dos fatores que, habitualmente, atrapalham o apaixonado por futebol, mas no caso do Vasco, há muito mais que explique o distanciamento do vascaíno. Ruim para o clube, que segue navegando com rumo incerto...
Varjota Esportes - Ce. / MSN.
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