Após queda, Sampaio cobra: 'Sem resposta, mudança será brusca Recado após eliminação para o Guarani é bem direto. Gerente do Palmeiras espera que erros sejam corrigidos para a Copa do Brasil


Sampaio: mudanças podem ocorrer em todo o futebol
palmeirense (Marcos Ribolli/Globoesporte.com)
A eliminação no Campeonato Paulista após a derrota para o Guarani, no domingo, desnorteou até mesmo o sempre sereno gerente de futebol César Sampaio. Nesta segunda-feira, o dirigente cancelou a apresentação dos reforços Mazinho e Fernandinho e foi à sala de imprensa para tentar explicar a queda brusca de rendimento do Palmeiras nos últimos jogos. Depois de poucas horas de sono, Sampaio foi cedo para a Academia de Futebol, fez cobranças ao elenco e ao técnico Luiz Felipe Scolari, e deu um aviso para a sequência da temporada.
– Hoje, os resultados de campo ditam o prazo das coisas. Se jogarmos mais dois ou três jogos do jeito que jogamos os últimos, as mudanças terão de ser mais bruscas. Não só com o Felipão ou a comissão técnica, mas com todo o departamento de futebol – disse César Sampaio.
De acordo com o gerente, a cobrança sobre Luiz Felipe Scolari foi estritamente técnica, com estatísticas e números esclarecedores do jogo contra o Guarani. As duas derrotas para a equipe de Campinas em menos de 15 dias (e com seis gols sofridos) deixaram o ambiente mais tenso na Academia de Futebol. Ao lado da comissão técnica, César Sampaio identificou os principais erros da equipe e deu uma nova chance ao elenco – que joga contra o Paraná, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil.
– Não cheguei a detectar uma mudança de ambiente, mas contra o Paraná teremos uma oportunidade para ver se estamos certos ou não. Os jogadores têm de se preocupar só em jogar, e eu e a diretoria temos de blindá-los. A derrota para o Guarani deixou algumas coisas claras, espero que a gente saia mais forte dessa eliminação. Mas se não houver resposta, a mudança será mesmo brusca – alertou.
Felipão vive seu momento mais conturbado desde que retornou ao clube, em julho de 2010. Contestado, o técnico se vê cada vez mais pressionado para obter bons resultados à frente do Palmeiras. Seu trabalho também está sendo avaliado por Sampaio. Em caso de eliminação precoce na Copa do Brasil, a situação do comandante será discutida.
– O Felipão recebe pelo que vale, está entre os melhores do mundo pelas conquistas que teve aqui. Quando deixar de existir a confiança no trabalho dele, não tem nem custo nem benefício que segure. Ele acha que pode ajudar, mas não quer atrapalhar. Se nós, diretores, não estivermos contentes, é só sentar e discutir com ele. O Felipão deixou isso bem claro – explicou o dirigente.
Luiz Felipe Scolari tem contrato com o Palmeiras até dezembro de 2012. O presidente Arnaldo Tirone e o vice Roberto Frizzo já disseram que vão com ele até o fim, mas uma sequência de resultados ruins pode aumentar a pressão sobre a cúpula alviverde. 
  
 Varjota  Esportes - Ce.  /   Globoesporte

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