O Goiás mostrou que é um adversário indigesto do Atlético-MG na Copa do Brasil. Depois de já ter eliminado o time alvinegro em três oportunidades na competição, o time esmeraldino encaminhou bem a classificação ao vencer por 2 a 0, no Serra Dourada, no jogo de ida das oitavas de final.
Depois de 14 partidas de invencibilidade na temporada, o time mineiro conheceu a primeira derrota em 2012. Os gols do Goiás foram Rafael Tolói e Ricardo Goulart, um em cada tempo. Na quinta-feira do próximo dia 3, o Galo terá que vencer por três gols de diferença para se classificar. O Goiás passa às quartas mesmo com uma derrota por dois gols de diferença, desde que marque pelo menos um gol no Independência. Vitória mineira por 2 a 0 levará a decisão para os pênaltis.
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Mas antes, os dois times dão um tempo na Copa do Brasil e voltam suas atenções para os respectivos campeonatos estaduais. O Galo mineiro joga no sábado, às 18h30m (de Brasília), na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, contra o Tupi. O alvinegro precisa apenas de um empate para chegar à grande final. Já o Esmeraldino joga no domingo contra o Vila Nova, às 16h, novamente no Serra Dourada. O time pode até perder por um gol de diferença que se classifica para a finalíssima.
Tolói centroavante
O técnico Cuca teve que poupar o meia Bernard no início do jogo. Com fadiga muscular, o jogador ficou no banco de reservas como opção, e Escudero foi o escolhido para atuar ao lado de Danilinho na armação. Fillipe Soutto ganhou uma chance na equipe na vaga de Guilherme e atuou com a camisa 10, apesar de ser volante de origem.
Com os problemas do adversário, o Goiás chegou ao gol logo aos 11 minutos, depois de falta marcada pelo árbitro sergipano Cláudio Francisco Lima, de Luiz Eduardo sobre Iarley. Na cobrança, Egídio mandou na trave e a bola sobrou para Rafael Tolói empurrar para as redes.
O Atlético-MG não se intimidou e teve chance de empatar com André, em cabeçada após escanteio, mas o veterano Harlei mostrou porque segue como ídolo da torcida esmeraldina e fez brilhante defesa. E no reflexo, tirou com o pé bola que sobrava na pequena área.
Mas aos poucos, o Galo foi demonstrando um problema que dificultava as ações ofensivas: a falta de articulação no meio-campo. O Goiás tocava a bola, e com o placar a seu favor, apostava nos contra-ataques. Só que os excessivos erros de passes das duas equipes fizeram com que os primeiros 45 minutos terminassem com a vantagem mínima para os donos da casa.
Lambança de Ricky e gol de Goulart
O Galo voltou para o segundo tempo com Bernard no lugar de Fillipe Soutto. O técnico Cuca viu que a equipe necessitava de velocidade, já que agrediu pouco o Goiás na primeira etapa.
Já Enderson Moreira não mudou o esquema inicial, com os três meias e Iarley na frente. E foi novamente o Goiás que marcou. Após falha grotesca de Richarlyson que ao tentar sair jogando perdeu a bola para Peter, Ricardo Goulart só completou o cruzamento vindo da direita, logo aos cinco minutos.
Com o gol, Cuca foi para o tudo ou nada. Colocou Neto Berola no lugar de Marcos Rocha. O Galo melhorou com as mudanças e passou a agredir mais o gol de Harlei, e chegou a marcar duas vezes, porém a arbitragem assinalou corretamente impedimento de André e toque de mão de Escudero.
Com a melhora alvinegra, Enderson tirou Iarley, cansado, e colocou Felipe Amorim. Cuca, na sua última alteração, colocou Mancini no lugar de Escudero. Mas a reação alvinegra foi interrompida com a expulsão do jovem Bernard. Em menos de cinco minutos, ele fez duas faltas e foi para o vestiário mais cedo. Com a desvantagem numérica e no placar, o Galo seguia errando muitos passes e o Goiás na espreita, pronto para marcar o terceiro em contra-golpe.
Apesar dos pedidos da torcida por mais um gol, o Esmeraldino preferiu cadenciar o jogo sem sofrer grandes perigos na defesa, mas também sem agredir o adversário, que acabou reconhecendo a primeira derrota do ano no Serra Dourada.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte
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