Carlos Alberto e Jairzinho, craques do Clássico Vovô se encontram no EE Narrador Luis Roberto entrevistou os dois ex-jogadores de Bota, Flu e Seleção; Papo teve Neymar, Messi e as diferenças do jogo de ontem e hoje

Um lindo cenário. Um encontro de três craques: dois dos pés e um da voz. Inúmeras histórias do mundo da bola. Uma partida que resume a história de tudo isso: o Clássico Vovô, entre Botafogo e Fluminense. E para contar um pouco dessa história o Esporte Espetacular juntou Carlos Alberto Torres - o capitão do tricampeonato mundial -, Jairzinho - o Furacão da Copa de 70 - e o locutor Luis Roberto - uma das principais vozes das transmissões da TV Globo. Na praia do Leme, zona sul do Rio de Janeiro, os três falaram um pouco sobre as diferenças entre o futebol antigo e o atual, sobre Neymar e Messi.

- O Clássico Vovô é um clássico muito emotivo. Ele mexe com o coração dos torcedores. Na minha primeira partida contra o Flu no profissional tinha umas 170, 180 mil pessoas no Maracanã. A festa das duas torcidas é maravilhosa - comentou o Furacão.
Jairzinho, Luis Roberto e Carlos Alberto Torres se encontram no Rio (Foto: Rafael Honório (Globoesporte.com)
- Joguei poucas vezes contra o Jairzinho em Clássicos Vovô, porque fui revelado no Flu, mas logo fui para o Santos. Eu nunca tive que marcar ele em um inteiro, porque ele era esperto e eu também. Eu jogava do meu ladinho e ele ficava lá do outro lado do campo - brincou o Capita.

Além disso, os jogadores ainda tiveram que "analisar" o melhor jogador do mundo nas últimas três temporadas, o craque argentino Lionel Messi. O camisa 10 do Barcelona, da Espanha, ganhou um elogio no mínimo curioso do ex-atacante canarinho.

- O Messi é um extraterrestre. Eu acho que vai ser difícil encontrar outro desse. Ele vai ficar se perpetuando. Porque ele é um acidente. Isso não acontece com facilidade - brincou Jairzinho.

Já o Capitão do Tri ficou com a "responsabilidade" de comentar sobre o atual momento de Neymar, craque do Santos e da Seleção Brasileira. Mas se a maioria da torcida brasileira está satisfeita com o camisa 11 do Peixe, o ex-lateral direito do Fluminense e o Botafogo optou pela cobrança ao jovem.
- Eu acho que ele tem tudo para ser o cara do Brasil na Copa e 2014. Mas eu acho que ele tem o efeito de ficar se jogando toda hora. Se a gente olhar na câmera lenta, quando ele recebe a bola, já vai se jogando. Um jogador que tem a capacidade do Neymar não pode se contentar em jogar em uma só posição. Você tem que se movimentar e criar dificuldades para o adversário - comentou.
Tricampeões no México e destaques na final contra a Itália (Jairzinho marcou o terceiro gol e Carlos Alberto o quarto nos 4 a 1), eles também relembraram jogadas históricas aquele Mundial.

- Antes da Copa, eu pedi uma benção para que eu ficasse protegido das entradas violentas dos adversários. Porque eu tinha tido uma série de lesões no Brasil. Então, naquele momento o gol, eu só poderia agradecer ao meu Divino - revelou Jair.

- Carlos Alberto, eu acho que aquele gol seu na final de 70 é o gol mais coletivo da história das Copas - afirmou Luis Roberto.

- Aquilo ali foi uma jogada que o Zagallo nos alertou que poderia acontecer em algum momento do jogo. A gente poderia ter só tocado a bola, porque faltavam três minutos para acabar o jogo. Eu podia ficar lá conversando com o Félix, batendo papo... Mas eu prestei atenção e fui para a frente, porque eu sabia que a bola vinha para mim - lembrou o Capita.

Jairzinho jogou 413 partidas e marcou 186 gols com a camisa do Botafogo. Enquanto isso, Carlos Alberto Torres passou pelo Fluminense por duas vezes. Mesmo assim, os dois optaram pelo mesmo lado no clássico deste domingo.

- Para mim o Botafogo é o favorito. Palpite? Que o Botafogo ganhe - brincou Jair.

- Eu acho que vai ser 2 a 0 Botafogo. A final do Carioca será entre Flu e Bota, com toda certeza - complementou Torres. 
   Varjota   Esportes - Ce.  /   Globoesporte

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