O centenário do Santos, marcado por diversas obras-primas em campo, virou arte. Criada pelo artista plástico - torcedor fanático - Paulo Consentino, a pintura no muro do CT Rei Pelé retrata grandes nomes e momentos da história do clube. Dois fotógrafos registraram o making-of da obra, que deve ser concluída no sábado. E o resultado se tornou a exposição "O Muro - 100 anos de futebol arte", inaugurada na noite desta terça-feira, no Memorial das Conquistas do Santos, na Vila Belmiro.
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A exposição está prevista para ficar no museu do Peixe até domingo, um dia depois da data do aniversário do clube. Entretanto, a diretoria santista estuda estender este prazo até o próximo dia 22.
O trabalho de Consentino nos muros do CT Rei Pelé durou cerca de um ano. Já a exposição tem 30 fotos impressas, dos fotógrafos Isabel Carvalhaes e Eduardo Virtuoso.
- Pra mim, foi uma satisfação muito grande. Primeiro, por desenvolver essa ideia e trazer aqui para o Santos. E também a maneira como o clube abraçou a ideia. Eu acho que o artista tem de representar suas grandes paixões. Eu tenho uma ligação muito grande com o Santos. Sou torcedor apaixonado pelo clube. Sempre fui e sempre serei. É um momento único, um centenário. É a conjunção de muitas coisas - disse Consentino, emocionado.
Para acelerar o processo de pintura, um mutirão da arte foi realizado entre os dias 31 de março e 1º de abril. A iniciativa reuniu cerca de 30 voluntários. Um novo mutirão será organizado neste sábado para a finalização dos trabalhos. Consentino ressaltou a importância deste trabalho.
- O mutirão resolveu a situação. Com uma equipe pequena, o rendimento do trabalho não dava conta. O tempo estava urgindo e o centenário chegando. Não teríamos conseguido concluir se não fosse essa maratona de arte. Ela veio para resolver a situação do muro do Santos.
Imagens especiais e revivendo momentos
Torcedor apaixonado, o artista revelou ter um carinho especial com algumas das pinturas feitas do muro do CT.
Torcedor apaixonado, o artista revelou ter um carinho especial com algumas das pinturas feitas do muro do CT.
- Eu tenho um carinho especial por algumas, como uma cena do abraço dos campeões de 62. Tem também uma do Pelé, na qual ele aparece de costas, só mostrando o uniforme dele no fundo negro. Além dessa, a figura do Clodoaldo, que é um grande amigo, uma pessoa que gosto e respeito muito. Eu fiz uma imagem muito bonita dele controlando a bola, de forma elegante, com a camisa listrada.
Alguns momentos retratados no muro estão marcados na memória de Paulo Consentino, principalmente, aqueles que remetem ao título da Libertadores, no ano passado.
- O soco que o Neymar dá no ar já está no muro, e a comemoração do gol do título, do Danilo, também está lá. E nós ainda vamos pintar uma cena que é muito bonita. O Neymar cai de joelhos após o gol, e o Léo e o Arouca abraçam ele. Além disso, tem uma imagem de um gol do Ganso, logo após a volta dele, em que ele beija o distintivo e é abraçado pelo Neymar. Essas imagens da década atual são muito bacanas.
Mas, apesar da paixão pelo Santos, ele deixa claro que na hora do trabalho a concentração é total.
- Na hora do desenho eu me emociono, sim. Mas, na hora da pintura, é concentração total.
Varjota Esports - Ce. / Globoesporte
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