Além de vibrar pelo time de coração, os torcedores que comparecerem hoje ao duelo entre Fortaleza e Crato poderão participar da campanha Doação Campeã - Batendo um Bolão de Solidariedade, realizada pelo Sistema Verdes Mares e pela Nacional Gás.
Levando um quilo de alimento não perecível, o público estará ajudando instituições como o Lar Davis, que acolhe crianças e adolescentes abandonadas por seus familiares. A partida será no Estádio Presidente Vargas.
No ato da doação, o torcedor receberá brindes da Nacional Gás, como bolsas de viagem, bolas, canecas e camisas oficiais do seu time do coração.
A largada da campanha foi dada no Clássico das Cores (Fortalezax Ferroviário), realizado domingo passado, e estará presente em mais 22 partidas do Campeonato Cearense 2012 que serão realizadas no PV.
Solidariedade
Criado há dez anos, o Lar Davis acolhe 67 crianças e adolescentes. A maior parte delas passou por níveis extremos de traumas, como abandono, exploração sexual ou maus tratos. Ao ser apadrinhada pela campanha, a instituição, que vive inteiramente de doações, dá mais um importante passo para manter as atividades.
Instalado em um terreno de 22 hectares em Aquiraz, a instituição possui oito casas, mas apenas cinco estão ocupadas, pois falta verba para manter mais crianças. A faixa etária dos atendidos varia de dois a 18 anos.
Os rapazes ficam menos tempo, até os 13 anos, quando são encaminhados para o Lar Davis II, que funciona em Fortaleza. As meninas ficam até os 18 anos, quando seguem para a Casa de Passagem, a fim de participar de cursos profissionalizantes.
Chama atenção a dedicação de cada funcionário, dos que recebem salário aos voluntários. O assistente social norte americano Mark Eisenhower ficou sabendo Lar Davis por meio de uma pesquisa na internet.
Fez contato com a instituição e, desde 2008, está no Brasil desenvolvendo trabalhos voluntários na casa. Inicialmente, ministrava aulas de inglês e informática, mas se tornou pai voluntário (nome dado a quem é responsável por uma das casas).
"É muito gratificante ver as crianças chegarem aqui desestruturadas e poder contribuir para a recuperação delas. Sou privilegiado por trabalhar aqui, pois, apesar de ensinar, aprendendo valores com elas. Essas crianças são a minha família", frisa.
Raquel Barbosa da Cunha, professora do reforço escolar, afirma que é um trabalho realizado com muito amor e que, em sua missão de alfabetizar, acaba criando laços com as crianças.
Varjota Esportes - Ce. / DN
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