Com atuação decisiva de Juninho
Pernambucano, que deu os passes para os gols de Luan e Tenorio, e marcou outro, o
Vasco derrotou de virada o Figueirense, por 3 a 1, neste sábado, em São
Januário. A vitória acabou com o jejum de seis anos (dez jogos) sem superar o
time catarinense e garantiu a equipe carioca no G-4 do Campeonato Brasileiro
por mais uma rodada, agora com 47 pontos. Com o resultado, o time cruz-maltino
não pode mais ser alcançado nesta rodada pelo quinto colocado, o São Paulo, que
tem 42 pontos e enfrenta o Coritiba, neste domingo.
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A derrota deixa os catarinenses, que sofreram sua terceira derrota
consecutiva, em situação ainda mais desesperadora, em penúltimo lugar, com
apenas 22 pontos. A renda somou R$ 168.510, para um público pagante de 5.062
pessoas.
Principal jogador em campo, Juninho comentou sobre sua boa forma, aos 37
anos de idade:
- Estou me sentindo em forma realmente e me cuidando. Estou motivado por
estar entre os melhores e a cada jogo que entro, lembro um pouco disso. No
fundo todo atleta gosta de ficar pelo menos entre os melhores da posição. Eu me
inspiro no Seedorf, no Deco, no Dedé, e também na minha história no clube.
Juninho comemora seu gol com os companheiros (Foto: Marcelo Sadio / Site
Oficial do Vasco da Gama)
A situação dramática do Figueirense, obviamente preocupa muito o técnico
Márcio Goiano, mas ele não perde a esperança de escapar do rebaixamento:
- Poderíamos ter evitado o segundo gol. Mas pela forma que a gente vem
trabalhando, pela luta do grupo, a forma como encaram este momento, vamos
lutar. São 11 rodadas, sabemos que temos que fazer uma diferença fora de casa,
temos obrigação de vencer os cinco jogos em casa.
Na 28ª rodada, o time carioca irá a Goiânia para enfrentar o
Atlético-GO, no próximo sábado, às 16h20m (de Brasília), no Serra Dourada. Já a
equipe catarinense enfrentará o Atlético-MG, no mesmo dia, às 18h30m, no
Independência, em Belo Horizonte.Como era de se esperar, até pela escalação defensiva
do meio-campo do Figueirense, coube ao Vasco tomar todas as iniciativas de
ataque. Porém, depois de perder duas boas chances, com Tenorio, aos 10 minutos,
e Wendel, cara a cara com Wilson, aos 11, Felipe cometeu um erro de passe, a
bola sobrou para Claudinei, que lançou Caio. O atacante do time catarinense
avançou com liberdade desde quase o meio do campo e na saída de Fernando Prass
tocou por baixo para abrir o marcador, aos 12. O lance do gol mostrou que a
recomposição defensiva dos cruz-maltinos tinha graves problemas.
A vantagem para os visitantes só fez reforçar a postura das duas
equipes. E mesmo errando alguns passes bobos no meio-campo, o Vasco criava boas
oportunidades, como num chute de fora da área de Juninho, aos 13; numa cabeçada
de Alecsandro muito bem defendida por Wilson, aos 21, e com Tenorio, dois
minutos depois, no lance em que o Demolidor driblou Guti com facilidade pela
esquerda e chutou mal, cruzado. Alecsandro ainda tentou completar de carrinho,
mas não alcançou a bola. Aos 24, o Figueirense perdeu seu principal puxador de
contra-ataque: Caio, lesionado, foi substituído por Julio Cesar.
Não havia alternativa para a equipe carioca que não fosse se manter na
frente, buscando o empate, mas isso inevitavelmente abria espaços perigosos em
sua defesa. Logo depois de Tenorio receber belo passe de Felipe, entrar livre
na área do Figueirense e demorar tanto para arrematar que ficou sem a bola,
Hélder quase marcou o segundo, aos 32. O ponteiro de segundos deu mais um giro
completo no relógio e Juninho deu um passe perfeito para Luan, que livre na
área, pelo lado direito, bateu rasteiro no canto esquerdo de Wilson para pôr
justiça no placar: 1 a 1. O Vasco continuou insistindo, e o time catarinense
praticamente não ameaçou mais. .
Juninho dá
passe para mais um gol e faz outro
O Figueirense voltou com mais uma substituição para a etapa final
(Guilherme Lazaroni substituiu o machucado Hélder) e uma postura mais ofensiva.
Assim, os catarinenses criaram duas boas chances logo no início, uma num chute
de fora da área de Elsinho que Prass defendeu parcialmente, a um minuto, e em
bola colocada de forma equivocada por Julio Cesar, de dentro da área, aos 2.
Porém, no primeiro ataque vascaíno, Juninho cruzou da ponta direita e Tenorio
subiu mais que a zaga adversária e jogou a bola no canto esquerdo de Wilson
para desempatar, aos 5.
Nilton tenta cortar o passe de Túlio na vitória do Vasco sobre o
Figueira (Foto: Márcio Alves / Ag. O Globo)
O gol fez o time da casa ter mais cautela. Mesmo assim, principalmente
nos contra-golpes, criava chances de marcar, como numa bola que Juninho recebeu
na área, mas, na hora de chutar para o gol, foi travado por Lazaroni, aos 18. A
partida, no entanto, não era tranquila para o Vasco, que quase cedeu o empate,
aos 19, quando Julio Cesar chutou bem e Prass fez difícil defesa no seu canto
direito.
Mas o time da casa tem Juninho, e o camisa 8 de São Januário, depois de
dar os passes dos dois gols vascaínos, resolveu deixar o dele. Dedé recebeu na
área, de costas para o gol, deu um toque de leve para o Reizinho e saiu da
frente: o chute muito bem colocado entrou no canto esquerdo de Wilson, aos 34.
O terceiro gol deixou o time da casa tranquilo e o visitante, desanimado. Desta
forma, a torcida cruz-maltina pôde ir para casa comemorando mais uma vitória e
a 52ª rodada seguida no G-4, levando-se em conta o Brasileirão do ano passado.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte
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