Era um jogo para ganhar, manter o 100% de aproveitamento na Taça Farroupilha e encaminhar a classificação à fase eliminatória do segundo turno do Gauchão. Era um jogo para testar a formação com três atacantes, confirmar a recuperação de Kleber. Pois foi um jogo de surpresa. O Cruzeiro-RS foi melhor do que o Grêmio, ganhou por 2 a 1 e somou pontos importantes na luta contra o rebaixamento.
No ano do centenário, o Estrelado voltou a vencer após três derrotas. Ainda é o lanterna do Grupo A, mas deixou a zona do rebaixamento – conta a classificação geral, incluindo o primeiro turno. A primeira derrota no novo estádio para um clube brasileiro fez o Grêmio cair para segundo. Com nove pontos, está atrás do Passo Fundo, com um a mais. Os quatro primeiros passam de fase.
As duas equipes voltam a campo no final de semana. Às 16h de domingo, no Vermelhão da Serra, o Grêmio desafia o Passo Fundo. Um pouco mais tarde, às 19h, o Cruzeiro-RS visita o Pelotas, na Boca do Lobo.
Deu sono
O Grêmio começou com uma surpresa – Fernando foi escalado embora tenha admitido cansaço por servir a Seleção por uma semana – e a confirmação do esquema 4-3-3. Porém, a ideia de testar a formação para o confronto com o Fluminense, em 10 de abril, pela Libertadores (Elano está suspenso), curiosamente, criou dificuldades. Bem postado, o Cruzeiro-RS não só anulou os principais destaques tricolores como ameaçou nos contragolpes. Basta ver que teve as melhores oportunidades de abrir o placar.
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Em ataques rápidos, especialmente pelos lados, ameaçou o gol de Dida. Primeiro, Marcelo Santos cruzou e Jô chutou para fora. Reinaldo, pela direita, serviu o mesmo Jô. Porém, o atacante demorou dando tempo a Cris se recuperar e impedir a finalização. O Grêmio, entretanto, só ameaçou em jogada de bola parada, ainda no início da partida, aos oito minutos, após Fernando cobrar falta e Cris cabecear para fora.
Mas qual razão para tamanha disparidade se o Tricolor ostentava 100% de aproveitamento no Grupo A, cujo lanterna era o Estrelado? Zé Roberto esteve isolado na armação, Barcos recuou demais e Kleber e Welliton sucumbiram à marcação. Sem falar nos excessivos erros de passes. Até Fernando e Zé Roberto, que costumam acertar, estavam em noite sem inspiração.
Neste contexto, o Cruzeiro-RS marcou bem. Embora tenha abusado de faltas para impedir os ataques. Numa delas, em Kleber, Luxa reclamou da postura ao colega Benhur Pereira.
Marcelo Grohe e Werley não se entedem
Na volta ao segundo tempo, o Grêmio mudou por questão médica. Dida, com dores na coxa esquerda, deu lugar a Marcelo Grohe. O que continuou igual foi a dinâmica do jogo. O Cruzeiro manteve a marcação em duas linhas de quatro. O dono da casa só melhorou na postura: passou a propor o jogo.
Até que... uma lambança aos 14 minutos deu emoção à partida. Grohe segurou a bola, mas esbarrou em Werley e a soltou. A bola se ofereceu a Jô, que livre só completou ao gol: 1 a 0. O Grêmio, então, passou a pressionar. Mesmo que apostando mais em jogadas individuais do que em coletivas.
Kleber, um minuto depois, chutou cruzado e quase empatou. Cris, de cabeça, mandou para fora. Até que, após dois escanteios em sequência, o Tricolor empatou. Aos 22, Fernando cobrou, Souza desviou na primeira trave e Welliton completou para igualar o placar em 1 a 1.
Quando parecia que o Grêmio iria virar a partida, o Cruzeiro-RS voltou a surpreender. Em cobrança de escanteio, aos 28 minutos, Reinaldo aproveitou desatenção de Welliton na marcação, e, de cabeça, colocou o Estrelado na frente: 2 a 1.
O Grêmio não teve forças para buscar o empate. Pior. Quase levou o terceiro após boa tabela entre Jean e Jô. Viu ainda Barcos sair após uma pancada nas costelas e preocupar os torcedores. Definitivamente, não era a noite do Tricolor.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte
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