Em jogo cheio de gols e com final dramático, Ponte bate o Paraná No Moisés Lucarelli, vice-líder Macaca vence por 4 a 3 partida que tem quatro gols nos últimos 15 minutos - dois para cada lado


Em jogo com final dramático, a Ponte Preta venceu o Paraná Clube por 4 a 3 na noite desta sexta-feira, no Moisés Lucarelli, pela 32ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Foram quatro gols – dois de cada time – nos 15 minutos finais.
Com o resultado, a Macaca se aproxima do acesso à Série A. O time de Campinas foi a 57 pontos, nove a mais que o quinto colocado, o Sport Recife, que joga neste sábado contra o Náutico, terceiro colocado, no estádio dos Aflitos. Já o Paraná fica estacionado nos 44 pontos, em décimo, com chances remotas de beliscar um lugar no G-4.
O time paranaense vendeu caro a vitória para a Ponte. Depois de um primeiro tempo apático, a equipe de Guilherme Macuglia se acertou na metade final da segunda etapa e, por pouco, não arrancou um empate.
A Ponte tem agora um jogo dificílimo pela frente: contra a líder Portuguesa, sexta-feira, no Canindé. Já o Paraná recebe no sábado o São Caetano, time que luta contra o rebaixamento para a Série C.
Ferron  comemora o segundo gol da Ponte Preta sobre o Paraná em Campinas (Foto: Futura Press)
A Ponte Preta começou mandando na partida. Marcando no campo de defesa do Paraná, a Macaca sufocava o adversário e tinha mais posse de bola. Chances claras de gol, porém, eram poucas. A primeira foi com o lateral-direito Patric, que apareceu de surpresa no meio da área, aos 15, e chutou rente à trave de Thiago Rodrigues. Pouco antes, aos 9, a Ponte reclamou de um pênalti não marcado – no lance, o zagueiro Brinner se chocou com o atacante Ricardinho.

Renatinho, aos 24, e Ricardo Jesus, aos 29, ainda tiveram chances para abrir o placar para a Ponte, diante de um confuso Paraná, que não conseguia armar uma boa jogada de ataque sequer.
O lance que definiu o primeiro tempo ocorreu aos 43. E teve interferência direta do árbitro goiano André Luiz de Freitas Castro, que deu pênalti numa disputa de bola de Brinner com Renatinho fora da área. Luis Ricardo bateu com força, no meio do gol, e abriu o placar para a Ponte.
- Não foi pênalti! Foi fora da área! Aliás, o primeiro lance foi até mais pênalti que o segundo. O juiz ficou com isso na cabeça – disse Brinner, se referindo ao choque entre ele e Ricardinho no começo do jogo, ignorado pelo árbitro.
A Ponte continuou em cima do Paraná na etapa final. E chegou ao segundo gol aos 11, com o zagueiro Ferron completando de cabeça o escanteio batido pelo lateral João Paulo.
Pouco tempo depois, porém, o Paraná “achou” um gol: aos 17, Lima, com perfeição, bateu uma falta de muito longe, que entrou no ângulo esquerdo do goleiro Júlio César.
O gol assustou a Ponte, e o Paraná ganhou confiança. Aos poucos, os comandados de Guilherme Macuglia foram se soltando em campo, pressionando em busca do empate. Mas acabaram dando espaço para o contra-ataque da Ponte. E foi aí que apareceu a estrela de Renatinho, que fez linda jogada pela direita e rolou para conclusão de Lucio Flávio na entrada da pequena área: 3 a 1 Ponte, aos 32 minutos.
Vitória definida? Nada disso. Logo na sequência, Ricardinho, livre na área da Macaca, acertou um belo chute no ângulo, sem chance para Júlio César. O Paraná estava vivo novamente. Foi com tudo pra cima da Ponte. E aí, novamente, se expôs e tomou um gol de contra-ataque, com Lucio Flávio desviando cruzamento de João Paulo, já aos 45 minutos.
Nem assim o Paraná se deu por vencido. Aos 47, Marinho fez linda jogada individual e marcou o terceiro gol do Paraná. Silêncio no Moisés Lucarelli, quebrado só com o apito final do árbitro.

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