O primeiro título brasileiro ninguém esquece. Mauro Galvão tinha apenas 17 anos quando levantou a primeira taça pelo Internacional em 1979. Naquele time, as estrelas eram Falcão, Batista e Mário Sérgio. Mas ali já se notava o craque que surgia para a zaga. O espírito de liderança e a apurada técnica começavam a aparecer. A carreira estava se consolidando.
- Foi muito importante começar naquele time, que tinha uma boa base do bi brasileiro de 1975-76 e craques como Falcão, Batista, Mário Sérgio, Jair. O Falcão foi muito importante na minha carreira, me orientou muito. Nos juniores, joguei várias vezes também como volante, e isso facilitou minha carreira.
Depois de se tornar revelação e ganhar o tetra gaúcho (1981-1984), Mauro Galvão cresceu e passou por outros clubes. Bateu na trave com o Bangu, em 1985, perdendo o segundo título brasileiro para o Coritiba em pleno Maracanã. No Botafogo, conquistou o bi carioca em 1989-90. Ali, já era um dos melhores na posição, o que lhe valeu a vaga de titular da Seleção Brasileira na Copa de 1990.
Após três anos na Suíça, voltou ao Brasil para defender o Grêmio, onde ganhou o segundo Brasileiro em 1996 e a Copa do Brasil em 1997. Chegou ao Vasco e levou o seu terceiro Brasileiro em 1997, numa equipe que tinha na frente Edmundo e Evair. Depois, Libertadores e Carioca em 1998, Torneio Rio-São Paulo em 1999 e o quarto Brasileiro, em 2000, com a Copa Mercosul no mesmo ano de quebra. Em 2001. voltou ao Grêmio para levantar o Gaúcho e a Copa do Brasil
Depois de ter experimentado a carreira de treinador no Vasco, Mauro Galvão virou diretor do Grêmio e recentemente ocupou até agosto a função de superintendente de esportes do Avaí, clube que luta para não ser rebaixado para a Série B. Com a experiência de quem começou a brilhar cedo, tem o olho apurado para escolher as cinco revelações do Brasileiro de 2011. Aqueles que, um dia, podem seguir os passos parecidos com o que trilhou.
- O que eles precisam saber é que é difícil chegar. Só que mais difícil ainda é se manter. Depois de surgirem como destaques, passarão a ser cobrados e vão ter que conviver com isso - afirmou, do alto de 23 anos de sucesso na carreira.
Confira as revelações do Brasileiro 2011 segundo Mauro Galvão:
Oscar- Vejo nesse jogador uma versatilidade grande. Já o vi atuando no meio-campo mais recuado, mais à frente... É habilidoso, chuta bem e pode se tornar uma referência nos próximos anos se mantiver essa evolução que vem apresentando. Dá muita qualidade e opções ao treinador do seu time. Tem sido muito importante na campanha do Internacional neste Brasileiro.
Cortês
- É um jogador com muita personalidade. Como um dos pontos fortes, tem a velocidade no apoio. Tanto que conseguiu chegar à Seleção Brasileira. Eu só acho que precisa melhorar na recomposição, na hora de voltar. Acho que com o tempo ele vai conseguir isso. Mas é uma grata revelação neste Brasileiro. Ajudou muito o Botafogo nesta boa campanha.
Rômulo
- Tive a oportunidade de tê-lo como adversário, quando estive agora no Avaí. É um jogador muito regular. Mostra força na marcação e boa técnica. Faz o que o volante precisa fazer: rouba a bola e passa bem para o companheiro. Ainda por cima, é um jogador que comete poucas faltas. Tem sido um dos bons valores do Vasco no Brasileirão.
Fernando
- É um bom segundo volante. Chega bem na frente, e também tem como uma das virtudes bater bem na bola. Fora que conta com muita força física. É tão bom que chegou a deixar no banco o Gilberto Silva, contratado para ser um dos principais jogadores do Grêmio neste Brasileiro. É bom prestar atenção neste garoto, campeão mundial sub-20 pela Seleção.
Osvaldo
- Não é tão jovem - tem 24 anos -, mas foi uma grata revelação neste Brasileiro. Foi responsável por boa parte dos melhores momentos do Ceará na competição. É um jogador com boa técnica e, sobretudo, velocidade, importantes para um atacante. Osvaldo tem uma ótima arrancada. Fora o bom repertório de dribles. Eu fiquei em dúvida entre ele e o Wellington Nem, outra revelação. Só que o Wellington, confesso, eu vi menos vezes. O jogador do Figuerense é mais técnico do que veloz.
Globoesporte.com / Varjota Esportes.
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