Elas não são gêmeas. Nem sequer parecidas. As diferenças físicas entre Nayara Figueira e Lara Teixeira, o dueto de nado sincronizado do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, são dribladas com técnica e muita criatividade. Entre os truques, regimes, maquiagem e até bronzeamento.
Há quase quatro ano juntas, Lara e Nayara têm muitas histórias para contar de tentativas felizes e outras frustadas de ficarem mais parecidas fisicamente, um fator relevante na prova de dueto do nado sincronizado.
- A gente procura fazer a maquiagem bem igual. Nós temos os olhos bem diferentes, então a gente tenta deixá-los o mais parecido possível – revelou um dos truques Nayara Figueira.
Logo no primeiro ano juntas, a dupla, que vai representar o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara a partir desta terça-feira, cismou até em dar um jeitinho para deixar o tom da pele parecido. Lara é bem mais morena que Nayara.
- No início, nós tentamos fazer algumas coisas para ficarmos mais iguais, como colocar a Nayara para bronzear e eu passar muito protetor. Mas ninguém liga muito para isso. O que importa mesmo é a técnica, é o que a gente mostra na água – ressaltou Lara, que trocou o Rio de Janeiro por São Paulo em 2009 para treinar ao lado da paulista Nayara.
O tom da pele desigual hoje não preocupa, mas as duas precisam estar em “sincronia” quando o assunto é a balança. Lara tem mais tendência a ganhar músculos e engordar. Com Nayara, acontece justamente o contrário. Para encontrar um equilíbrio, às vezes uma precisa fechar a boca e, a outra, tem de se cuidar para não emagrecer.
- Nós somos pessoas muito diferentes no tipo físico. Nosso preparador agora já consegue individualizar o nosso treino para a gente ficar mais igual, tirar essas diferenças. E isso é só com o tempo também. Ser gêmea ajuda bastante. Mas o legal é ver pessoas diferentes ficarem muito iguais. Às vezes, a diferença no tipo físico a gente consegue adaptar com coisas do dia a dia – explicou Lara.
A forma de posicionar braços, pernas e tronco dentro da piscina também são fundamentais para diminuir as diferenças entre as duas nadadoras. Para completar, é interessante estar em sincronia até mesmo nas expressões faciais.
- A Leslie (Sproule), canadense que foi treinar com a gente, focava muito nisso de que a gente precisava sorrir do mesmo jeito, passar a mesma energia com o rosto. Então, isso é treinável também – disse a carioca.
Globoesporte.com / Varjota Esportes.
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