Brasília, DF, 18 (AFI) – O Ministro dos Esportes, Orlando Silva, sobreviveu à verdadeira sabatina a que foi submetido na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, em virtude das acusações de corrupção que envolvem o Projeto Segundo Tempo, do seu ministério. Ele foi firme em suas declarações e, segundo os analistas políticos, há consenso de que Silva só perderá o cargo em caso da apresentação de uma prova cabal de que tenha cometido atos ilícitos.
Muita firmeza
Por enquanto, esta prova não apareceu e a defesa do ministro convenceu os deputados que participaram da audiência de “prestação de contas”. Seu discurso valeu até elogios de dois deputados do PSDB, da Oposição, entre eles o campineiro Carlos Sampaio.
Orlando Silva não titubeou um segundo em sua defesa, desferindo palavras pesadas contra seu único acusador – João Dias, ex-membro do PC do B – mesmo partido do ministro.
“Este cidadão, trata-se de um desqualificado, que já foi preso, portanto, é uma fonte bandida. Ele falou e não provou nada. Como se pode admitir isso?”, indagou Orlando Silva.
O ministro depois completou seu raciocínio:
“Trata-se aqui, naturalmente, de um processo político, mas ter que ter moralidade. É um processo de inquisição, mas tem que ser um processo moderno para dirimir as dúvidas”.
“Trata-se aqui, naturalmente, de um processo político, mas ter que ter moralidade. É um processo de inquisição, mas tem que ser um processo moderno para dirimir as dúvidas”.
E completou:
“Quem combate a corrupção é o Ministério dos Esportes, que fiscaliza as verbas distribuídas pelo governo federal. Não posso eu ser acusado por um desqualificado qualquer”.
No Senado
Orlando Silva vai ter uma nova maratona nesta quarta-feira, quando vai ao Senado Federal se explicar. Por outro lado, a Oposição quer que João Dias deponha na Congresso Nacional, ainda nesta quarta-feira.
Orlando Silva vai ter uma nova maratona nesta quarta-feira, quando vai ao Senado Federal se explicar. Por outro lado, a Oposição quer que João Dias deponha na Congresso Nacional, ainda nesta quarta-feira.
João Dias incendiou o caso na Revista Veja, há duas semanas. Ex-policial militar, ele foi presidente da Federação de Kung Fu de Brasília, comandou duas Ongs, foi preso ano passado e condenado a devolver mais de R$ 3 milhões ao governo por uso indevido de recursos. Ele acusou o ministro de ter favorecido outras Ongs no Programa Segundo Tempo, mas não apresentou nenhuma prova concreta.
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