Do ponto de vista técnico, o ano de 2011 para o Fortaleza não oferece muitas razões para fazer festa. Mas olhando-se no retrovisor da história, o Leão se enche de orgulho por chegar hoje aos 93 anos de fundação.
O hino do clube, composto por Jackson de Carvalho, já foi considerado o hino de clubes mais bonito do Brasil. Ao ser lançado, arrastou multidões em torno não apenas de sua melodia, como também dos feitos da equipe vermelha, azul e branca.
O Fortaleza tem sua fundação ligada ao desportista Alcides Santos, que fundou várias outras equipes. A história do Leão está intimamente ligada a nomes como os de Oscar Loureiro, João Gentil, Pedro Riquet, Walter Olsen, Walter Barroso, Clóvis Moura, Jayme Albuquerque e Clóvis Gaspar, entre vários outros, desportistas que estudaram no exterior e trouxeram para o Estado a paixão pelas três cores.
Daí em diante, foram muitas conquistas e títulos conquistados, tanto no âmbito estadual quanto no nacional. As conquistas foram se acumulando e, só no Estado, o clube já foi campeão cearense por 39 vezes.
O Fortaleza passou por vários momentos, indo das dificuldades à glória. Exemplo de sua força ocorreu no período de 2000 a 2010, no qual de 11 campeonatos, o time conquistou nove para as suas cores.
Enfim, as conquistas foram muitas, como o único tetracampeonato da história, conseguido na administração de Renan Vieira, ex-presidente do clube, só para citar um dos protagonistas dos maiores feitos do Leão.
Crise técnica
Após muitas conquistas, o Fortaleza entrou em crise técnica no ano de 2011. Do ponto de vista dos resultados obtidos em campo, o Fortaleza não tem muito o que comemorar nesse ano.
No Campeonato Cearense, o time encerrou a participação em terceiro lugar, atrás de Ceará e Guarani de Juazeiro. No segundo turno do Estadual, terminou na sétima colocação.
Ao todo, foram contratados, só este ano, 46 jogadores e ainda assim foi incapaz de formar um time para alcançar as conquistas que a torcida esperava. Nem na Copa Unimed o time conseguiu engrenar, sendo eliminado pelo Maranguape.
Empresa
Para o diretor de futebol do clube, Jorge Mota, tem de ser observado o momento atual do clube por outro ângulo. "Temos que comemorar os 93 anos. Não é toda empresa que chega aos 93 anos. Só vemos alguns clubes de futebol, o Banco do Brasil, por exemplo, e a maioria não chega a isso", disse Jorge Mota, sem esquecer o momento delicado do clube. "Dificuldades, todo time passa. Veja o Santa Cruz, que conseguiu sair da Série D para a C com o maior público de todas as divisões. Aqui no Nordeste mesmo, Bahia e Vitória já caíram. O Corinthians e o Palmeiras já caíram para a Série B e se recuperaram. Então, é comemorar o feito", concluiu.
PATRIMÔNIOMeta é reabrir Pici e ampliar capacidade para 10 mil
A principal meta da administração do presidente Osmar Baquit no momento, é reabrir o Estádio Alcides Santos, no Pici, para os jogos de menor porte pelo Campeonato Cearense e até Série C do Campeonato Brasileiro.
No momento, o estádio se encontra interditado, mas a diretoria está se movimentando no sentindo de reformar o local e reabrir a praça de esportes.
Dessa maneira, ontem, o Alcides Santos já recebeu a visita de um dos engenheiros credenciados pela CBF para emitir laudos técnicos de estádios. O engenheiro Manoel Enéas Alves Mota, fez a primeira visita e constatou que o estádio precisa de reformas possíveis de realizar antes do início do Estadual, no dia 18 de janeiro de 2012.
"Ele não viu nada demais que pudesse comprometer a nossa estrutura. Iremos recuperar várias coisas, mas estão dentro das nossas possibilidades", explicou Jorge Mota. Houve também uma visita de dois técnicos da vigilância sanitária, João Rodrigues e Aderismar Melo, que foram vistoriar as obras do refeitório do clube. Eles pediram que fosse feita uma caixa de gordura e um depósito de lixo. Atualmente, o Alcides Santos está com a capacidade de 7 mil lugares, mas a meta é 10 mil em 2012.
IVAN BEZERRAREPÓRTER
DN / Varjota Esportes.
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