O goleiro Érico, que atualmente joga no Baraúnas e foi o principal
responsável pelo bom empate que o clube potiguar conquistou neste sábado contra
o Campinense, pelas quartas de final da Série D, é um velho conhecido da
torcida paraibana. E “persona non grata” da torcida rubro-negra desde os tempos
em que, jogando pela Raposa, trocou de clube e foi justamente para o
arquirrival Treze.
Érico sempre jogando como titular é tricampeão paraibano de Futebol.
Chegou ao Campinense em 2003 para jogar no time que chegou à fase final da
Série C. Depois foi campeão paraibano em 2004 e caiu nas graças do lado
rubro-negro de Campina Grande.
Velho conhecido do Campinense, Érico fechou o gol do Baraúnas e garantiu
o bom resultado na Série D
(Foto: Silas Batista / Globoesporte.com/pb)
(Foto: Silas Batista / Globoesporte.com/pb)
Em 2005, contudo, tudo mudou. Junto com o técnico Maurício Simões (morto
no ano passado), se transferiu com mais meio time da Raposa campeã paraibana
para o Treze, num episódio que foi considerado como um dos mais marcantes e
polêmicos da história recente do futebol de Campina Grande. Até porque os dois
clubes protagonizam uma das maiores rivalidades do país.
No Galo, foi mais duas vezes campeão paraibano, chegando à marca de
tricampeão consecutivo pelos dois principais clubes da cidade. Esteva também no
time do Treze que surpreendeu o Brasil e chegou às quartas de finais da Copa do
Brasil de 2005, sendo eliminado apenas nos pênaltis pelo Fluminense. Só depois
destas conquistas deixou o Alvinegro e passou por vários clubes do Nordeste
antes de chegar ao Baraúnas.
O que eu acho é que o Campinense não soube
aproveitar as oportunidades. Assim as defesas acabaram acontecendo"
Érico, goleiro do Baraúnas
Neste sábado, cinco anos depois, voltou a jogar no Estádio Amigão, que
foi o palco de suas principais conquistas no futebol paraibano. Como dono da
camisa 1 do Baraúnas, fechou o gol contra seu ex-clube, o Campinense, e
garantiu o empate em 1 a 1, que deixa o clube potiguar a um empate sem gols
jogando em casa para conquistar o acesso à Série C de 2013.
Com o Baraúnas jogando com um a menos durante quase todo o jogo, o
Campinense atacou durante os 90 minutos de partida, mas em noite inspirada
Érico fez pelo menos oito defesas difíceis. Parou ataques de Warley, Potita,
Ferreira, Renatinho Carioca e Charles Wagner. No segundo tempo, parou também
Marquinhos Marabá.
Mas mesmo com uma atuação tão elogiada, o camisa 1 do Leão do Oeste fez
questão de dizer que teve apenas uma noite inspirada e que contou com o fator
sorte para evitar os gols da Raposa.
- O que eu acho é que o Campinense não soube aproveitar as
oportunidades. Faltou tranquilidade para eles e por isso não conseguiram
aproveitar aquelas oportunidades. Assim as defesas acabaram acontecendo. A
nossa equipe toda é que está de parabéns por conseguir correr dobrado por conta
de uma expulsão e segurar um ataque tão qualificado como o do Campinense –
comentou Érico.
Campinense dominou o jogo, mas parou na boa
fase do seu antigo jogador, campeão pela Raposa
em 2004 (Foto: Silas Batista / Globoesporte.com/pb)
fase do seu antigo jogador, campeão pela Raposa
em 2004 (Foto: Silas Batista / Globoesporte.com/pb)
E apesar de reconhecer que o 1 a 1 foi um excelente resultado para a sua
equipe, Érico diz que a semana do Baraúnas vai ser de extrema dedicação ao jogo
da volta, marcado para o próximo domingo, às 16h, no Estádio Nogueirão. Segundo
ele, todo o grupo tem que manter a humildade e o respeito ao adversário na hora
de entrar em campo para decidir a classificação para a Série C do próximo ano.
- A gente tem que colocar a sandália da humildade e passar a semana toda
trabalhando porque não tem nada ganho ainda. O Campinense é uma grande equipe e
nós já conhecemos a força que eles têm. Por isso, temos que manter o foco
durante todo o tempo e tentar garantir essa vaga diante da nossa torcida –
finalizou o camisa 1 do Baraúnas.
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