O velho ditado diz que filho de peixe, peixinho é. E quando se é filho de artilheiro? Na casa de Alecsandro, a máxima pode sim ser adaptada: artilheiro também é! Yan, filho único do camisa 9 do Vasco, tem apenas seis anos de idade, mas começou a treinar na categoria mamadeira do futebol de salão do Vasco e já vai seguindo os passos do pai. E, além de ter escolhido a posição de atacante, o pequeno Yan também repete a comemoração criada pelo avô Lela e eternizada pelo pai: a careta!
O pai "coruja" enche a boca para falar do talento do filho. Ele lembra que, aos três anos, Yan começou a fazer escolinha em Porto Alegre, na época em que Alecsandro defendeu o Inter, rival do Vasco pela 28ª rodada do Brasileirão, neste domingo. Com o passar do tempo, foi percebendo que ele levava jeito para a coisa. Quando chegou ao Rio, Alecsandro o matriculou em uma escolinha do Vasco, mas depois preferiu levá-lo para um treino mais sério onde ele tivesse condições de realmente desenvolver suas habilidades. E como nem tudo são flores, teve de convencer a esposa Vanessa a liberar.
- Ela me critica, diz que que obrigo-o a jogar. Mas não é assim não. Ele faz o que gosta. E o Yan gosta muito! Agora ele começou lá na categoria mamadeira e tem feito alguns treinos legais. Na escolinha era mais diversão e ele acabava não pegando noção de pensamento de equipe e coisas deste tipo. Sempre que posso vou lá acompanhar e acho muito legal. Na verdade, só de ele fazer esporte já é algo bom - afirmou.
Mas Alecsandro não exerce só o lado de pai coruja. As críticas ao individualismo vão na mesma proporção dos elogios. Segundo o camisa 9 vascaíno, Yan precisa deixar de ficar apenas esperando a bola lá na frente e ajudar os companheiros na marcação, por exemplo.
- Ele não é brigador como o pai. Só fica na banheira e recebe na boa (risos)! Eu dou uns toques e já deixei bem claro lá para o pessoal que se o Yan não estiver jogando bem eles podem mandá-lo para a rua (risos) - disse, descontraído.
Com a bola nos pés, Yan mostra certa habilidade e muita descontração. Mas na hora de conceder entrevistas, a semelhança com o pai acaba. Enquanto Alecsandro expõe suas opiniões de maneira esclarecida e sem fugir das respostas clichê do mundo do futebol, o pequeno artilheiro mostra toda sua timidez e resume em poucas palavras o que mais gosta de fazer:
- Gosto mesmo é de marcar os meus gols e ver o meu pai jogar - disse Yan, revelando que marcou quatro gols em seu último treino.
Pequeno artilheiro e coreógrafo
Mesmo sem qualquer pedido, assim que chutou a bola no gol imaginário, Yan colocou as mãos espalmadas ao lado do rosto e meteu a língua para fora homenageando o avô e o pai. É desta maneira que ele gosta de comemorar os seus gols. Mas Alecsandro revelou que o filho tem também um outro lado: coreógrafo.
- Ele nasceu na Bahia e gosta daquelas danças. E ele quer ser meu coreógrafo também. Fica sugerindo umas danças para mim, mas deixa para lá. Quem sabe? Gosto da expectativa. Nunca sabem se eu vou fazer o Trem-Bala ou a careta. Mas antes disso eu preciso voltar a marcar - afirmou o atacante, que balançou as redes pela última vez no dia 16 de julho, com dois gols sobre o Atlético-PR (veja no vídeo acima).
- Tem tempo, mas volto a dizer que o importante é o Vasco vencer. Trocaria todos os meus gols pelo título brasileiro. Mas tenho certeza de que na hora certas eles vão voltar a sair - finalizou.
Globoesporte.com / Varjota Esportes.
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