2011 Atacadão Brasil



FOTO: REUTERS
Daniel Alves é, na atualidade, o jogador brasileiro que vem se destacando mais no futebol europeu. Só que no Barcelona é apenas um coadjuvante
Brasileiros ainda são os mais procurados lá fora, mas já não podem ser considerados os atletas mais valiosos
Dos 7.627 jogadores de futebol que atuam fora dos seus países de origem, o Brasil é responsável pela maioria de craques de exportação. São 1.063 atletas, cerca de 13,9% do total mundial, divididos em 108 ligas.

Portugal é o país que mais recebe brasileiros, com cerca de 22% do total. São 231 atuando na Primeira e Segunda divisão; seguido por Itália (9%) e Japão (6%). Além disso, se encontram muitos jogadores brasileiros no futebol asiático, em nações como Japão e China. Só que agora a Rússia parece ser a bola da vez.

Mesmo com todos esses números favoráveis, os jogadores brasileiros no exterior vêm se destacando mais pela quantidade do que pela qualidade. Já faz algum tempo que nenhum jogador brasileiro disputa os prêmios de melhor do mundo e a situação só não se torna mais vexatória porque Marta já ganhou por cinco vezes seguidas o troféu dedicado à melhor jogadora feminina do planeta.

Ao contrário do que sempre ocorreu, os jogadores brasileiros deixaram de ser protagonistas nos principais clubes europeus. No futebol espanhol, o mais rico do mundo, os craques brasileiros construíram uma verdadeira dinastia. No Barcelona, por exemplo, Romário, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo fizeram história, conquistando títulos e troféus. Hoje, o Barça pratica o melhor futebol do mundo, mas os brasileiros que jogam na equipe são coadjuvantes dos astros Messi, Xavi e Iniesta. O lateral Daniel Alves é titular absoluto mas está longe de ser apontado como o destaque da equipe, o mesmo acontecendo com Adriano e Maxwell, ambos reservas.

No Real Madrid, o meia Kaká, que foi escolhido como o melhor do mundo em 2007, hoje sofre para conquistar uma vaga de titular na equipe merengue.

Desconfiança
Além da falta de brilho técnico, os craques brasileiros protagonizam com frequência casos de indisciplina que só desvalorizam o produto nacional, fazendo com que se crie em torno dele um círculo de desconfiança.

Muitos não conseguem cumprir contratos como os atacantes Adriano e Robinho ou se metem em confusões extra-campo como o zagueiro Breno que foi acusado pelas autoridades alemãs de incendiar a própria casa. Outros não conseguem cumprir contratos por inadaptação como Thiago Neves que fracassou na Alemanha e na Arábia Saudita 



 DN   /   Varjota  Esportes.

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