CLÁSSICO-REI NO PV Mais Lenha na fogueira


KID JÚNIOR
Polêmica envolvendo jogos com duas torcidas no PV ganha novo capítulo
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Em entrevista à TV DN, dirigentes de Ceará e Fortaleza defendem clássicos com duas torcidas no Estadual
Ceará e Fortaleza, eternos adversários, raramente se unem por um interesse comum, tamanha a rivalidade entre os dois. Só que, em entrevista à TV DN, na manhã de ontem, o presidente em exercício do Ceará, Robinson de Castro, e o diretor de futebol do Fortaleza, Jorge Mota, se uniram a favor de um tema que ainda gera polêmica: "Clássicos-Rei" no estádio Presidente Vargas com duas torcidas. O conteúdo pode ser acessado no endereço tv.diariodonordeste.com.br.

O tema polêmico, debatido exaustivamente desde que o Castelão foi fechado para as obras e o PV ficou como única praça esportiva da Capital apta a receber o maior clássico do futebol cearense, é recheado de poréns, como jogos de torcida única devido a violência no estádio, arredores e terminais de ônibus.

Para os diretores, isso é um problema da segurança pública. "Clássico com as duas torcidas é mais bonito. A Polícia está aí para dar segurança dentro e fora do PV. A torcida que não foi para torcer, que a Polícia retire. Existe segurança em eventos maiores, como carnaval, micaretas, Réveillon. No futebol tem que ter segurança. É comodidade não querer assumir a obrigação de manter a segurança nos eventos", argumenta Jorge Mota.

Robinson de Castro concordou com o diretor tricolor. "Comungo com o Jorge. Há como fazer um jogo com duas torcidas. Sentando, dialogando, é possível. Se houver boa vontade, é possível. Muita vezes alguns órgãos ficam radicalizando, mas é preciso flexibilizar", finalizou.

Dois clássicos estão garantidos na primeira fase do Estadual: nos dias 12 de fevereiro e 25 de março.

Solução seria mais PMs e menor carga de ingressos
Desde o início da polêmica sobre o Clássico-Rei no PV com duas torcidas, a Polícia Militar se posiciona contra. Mas, ontem, o major George Benício, comandante da Companhia Independente de Policiamento de Eventos (Cipe), admitiu uma restrita possibilidade, caso houvesse significativa redução da carga de ingressos e aumento no efetivo policial.

"Uma alternativa para que a partida tenha duas torcidas, seria a redução drástica no número de ingressos. Mas, será que o custo benefício valeria a pena para os clubes", ponderou.

O argumento da PM é que as ruas que dão acesso ao Presidente Vargas não possuem o suporte necessário para que a segurança seja garantida tanto para os torcedores como para os moradores que residem nos arredores da praça esportiva. "Hoje, o pensamento da PM está voltado para o jogo com uma torcida só".

Efetivo
Atualmente, a PM disponibiliza uma média de 350 policiais para jogos deste porte. Já no caso de um clássico com torcedores dos dois lados, o efetivo teria de ser aumentado para 600. "Nós estamos nos pautando por eventos que tivemos aqui", disse Benício, se referindo às confusões que aconteceram durante a final do Campeonato Estadual Sub-20, entre Fortaleza e Ceará. 



  DN     /     Varjota  Esportes.

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